DÍZIMO
Efeito colateral de
uma espiritualidade
saudável
Sem dúvidas, o dízimo é um dos
assuntos mais controversos do mundo cristão. Mal compreendido, mal ensinado,
mal recebido pela comunidade dos crentes modernos. No fim do século XX, esse elemento,
que foi a fonte de sustento da Igreja do Senhor por séculos, voltou a ser
sequestrado por interesses escusos de “lobos” à serviço da teologia da
prosperidade. O mercantilismo e a exploração da fé tiveram nos dízimos e
ofertas seu principal meio de obtenção de lucro. Entretanto, o que vimos ao
longo dos anos, como reação à essa prática bizarra, foi uma atitude também não
espiritual. O abandono do dízimo e das ofertas é definitivamente um outro erro.
Evidentemente, condicionar as
bênçãos de Deus e seus favores à nossa liberalidade financeira é um equívoco,
que foi combatido duramente na Reforma Protestante do séc. XVI. Contudo, cremos
que um cristão consciente das bênçãos que recebe de Deus, desenvolve
naturalmente, em seu coração, um senso de gratidão e compromisso com o Reino.
Sua igreja local é sua relação mais íntima e mediata com o Reino de Deus.
Certamente, muitos textos e
contextos bíblicos nos ensinam sobre a fidelidade e o compromisso com a
manutenção do Reino, e que isso deve ser feito com a liberalidade de cada
coração (2Co 9:7). Mas ser membro de uma igreja, desfrutar de sua estrutura,
dependências e tudo que é adquirido com recursos financeiros, sem que haja
nenhuma forma de contribuição, definitivamente é sintoma de uma espiritualidade
sem vigor. Uma espiritualidade saudável, traz ao cristão contornos espirituais,
éticos e morais, e um importante atributo de Deus, comunicado ao homem: A
generosidade! Quando temos dificuldades com a liberalidade financeira para a
igreja, então temos um sinal de que algo precisa ser tratado em nossa
espiritualidade. Essa é uma oportunidade de crescermos na fé em nosso Senhor e
abençoar nossa Igreja. Seja um abençoador da igreja que o Senhor escolheu para
te abençoar!!!
Em
Cristo
Rev.
Luiz Gustavo Castilho