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sexta-feira, 30 de março de 2012

A PAIXÃO DE CRISTO

FOI PARA ABSORVER A IRA DE DEUS
Ef 2.1-5

A ira de Deus é um assunto tenso e difícil de ser abordado, por isso a pouca exposição desse assunto no meio cristão contemporâneo. Em via de regra, é mais “proveitoso”  pregar as bênçãos do que as maldições. No entanto, ambas estão em uma paralela e sempre serão reflexo uma da outra. Vamos compreender isso: Se todos concordamos que João 3.16 é o centro nevrálgico da filosofia Cristã, onde Jesus declara que "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho para aquele que nele crê não pereça". Então podemos chegar à conclusão de que não apenas a salvação é o ponto central aqui, mas também a condenação. A vida eterna é a proposta maravilhosa que é posta sobre o terrível perecer que conduz o homem à morte eterna. Se a vida é eterna é prova cabal do amor de Deus, a morte eterna é a conseqüência de sua ira.
O Dr. Lloyd-Jones, em seu opúsculo “A IRA DE DEUS”,  apresenta quatro razões para considerarmos esta doutrina com diligente atenção:

1- FAZ PARTE DAS ESCRITURAS: A Bíblia, em todo o seu conteúdo, faz menção explicita à ira de Deus pelo pecado. Considerando a Palavra de Deus Regra de fé e prática para a nossa vida, devemos acatar com temor e tremor os seus ensinamentos.

2- É UMA QUESTÃO DE FATO: Aqui, Lloyd-Jones quer dizer que a Palavra de Deus não apresenta a ira de Deus como uma suposição, ou uma ação que pode ocasionalmente acontecer, ou não. A ira de Deus é um fato consumado no pecado que separa o homem de Deus, e não podemos fazer nada para mudar isso.

3- NUNCA PODEREMOS ENTENDER O AMOR DE DEUS SEM ENTENDER A SUA IRA: O amor de Deus Pai em dar o seu Filho Unigênito, não faz sentido ao raciocínio humano, se o sacrifício de Jesus não for apresentado em confronto ao nosso merecido destino eterno, uma vez que somos pecadores e irremediavelmente separados de Deus. Compreendemos com nitidez o amor que salva, quando somos livres da ira que condena.

4- ELA É ESSENCIAL PARA UMA VERDADEIRA EVANGELIZAÇÃO: O senso genuíno para uma evangelização consciente, somente despertará em nossas almas, quando entendermos que nossa família, amigos e todas as pessoas que não passaram pela cruz de Cristo, estão perecendo debaixo da ira de Deus, que se manifestou contra o pecado e todo o seu domínio.

A EFICÁCIA DA PAIXÃO SOBRE A IRA
Possivelmente, um dos atributos de Deus mais terríveis para o homem pecador, seja a sua justiça. O Breve Catecismo na pergunta 4, apresenta Deus como sendo imutável em sua justiça. Absolver um transgressor seria um ato injusto, logo, Deus não o faria. O apóstolo Paulo afirma que todos pecaram! Portanto, quem seria salvo da condenação eterna do pecado?  Como isso seria possível? Paulo nos responde em Gálatas 3.13:“Cristo nos resgatou da maldição da lei,  fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro”. O sofrimento do Filho de Deus é a nossa única opção para não enfrentarmos a justiça divina segundo a Lei. O sacrifício de Cristo causa pelo menos três reações na ira de Deus:

1- ELA É DESVIADA PARA ELE: Quando Jesus  se entrega na cruz,  a ira de Deus não atinge o seu alvo natural, que seríamos nós pecadores.  Por uma intervenção sobrenatural, todo o castigo destinado ao maldito pecador é desviado de você para Cristo.

2- ELA É ABSORVIDA POR ELE: Como Deus não pode deixar de punir o pecado, por causa de sua justiça imutável. Como não podemos satisfazer em nossas vidas os preceitos da Lei, sem perecer eternamente. Jesus absorve na cruz o impacto de toda a ira de Deus contra o pecado.

3-ELA É EXECUTADA NELE: A trajetória da terrível ira de Deus, não é apenas desviada e absorvida por Jesus na Cruz, mas ela é plenamente executada nele. Sua morte cumpre judicialmente todos os preceitos da lei, e a nossa dívida é inteiramente cancelada no Calvário. Então quando Cristo ressuscita, ele garante a nossa vida em sua vida, ou seja, nossa existência passa a subsistir em sua eternidade. Justificados pois, temos paz com Deus!!!! (Rm 5.1)

Rev. Luiz Gustavo Castilho

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