REFORMA PROTESTANTE
UMA DATA PARA SE LEMBRAR
A Reforma Protestante do século XVI, foi sem dúvida um dos
mais importantes eventos da Cristandade. Contudo, os efeitos da Reforma
ultrapassaram os domínios religiosos e reverberaram na Ciência, nas artes, na
política e na economia global. Analisar as implicações da Reforma não é uma
tarefa fácil, pois ela aconteceu em um período em que a Igreja Católica possuía
uma hegemonia absoluta no governo e cultura das nações mais importantes e
influentes do mundo no século XVI. A influência do Catolicismo naquela época,
em nada se assemelha à influência dos dias atuais. A igreja estabelecia reis e
os depunha, determinava os limites da educação, da ciência, da medicina e das
artes, e ainda era munida de força militar o que a tornava poderosa e temida.
Seguir o cristianismo no século XVI não era uma questão de fé, mas de
sobrevivência nas terras dominadas pelo clero romano.
Todo esse contexto, certamente amplifica, a importância e relevância
da Reforma, afinal ela pois em cheque e mudou o rumo da maior potência
institucional do mundo naquele tempo. Mas a verdade, é que no dia 31 de outubro
de 1517 quando Martinho Lutero assumiu publicamente seu protesto na Alemanha,
de maneira nenhuma seria possível equacionar ou premeditar o efeito dominó que
aconteceria na economia, na cultura e na política mundial. Entretanto, uma das consequências
foi premeditada, intencional e avidamente desejada, um retorno incondicional às
Sagradas Escrituras. Um possível resumo das 95 teses de Lutero poderia ser: Deixe
a Palavra de Deus guiar a Igreja!
Certamente, a Reforma iniciada com Lutero deixa um importante
legado a ser lembrado. A Igreja de Cristo tem como seu maior inimigo a sua
liderança e sua membresia, que se deixam guiar por suas próprias vontades e
verdades. Desconhecem as Escrituras e as desprezam, de maneira que rumam para
um precipício. Nessa caminhada às cegas, a igreja se torna vulnerável a
qualquer inimigo externo. Mas quando a Igreja marcha do compasso do Evangelho,
olhando firmemente para o autor e consumador da fé, quando ela tem coragem de
colocar a sua vontade no altar do sacrifício que se encontra aos pés da Cruz de
Cristo. Quando a Igreja tem a inteligência espiritual de se deixar levar pela
vontade do Nosso Senhor, revelada em sua Palavra, nenhum inimigo poderá
suportá-la ou pará-la. Nenhum sofrimento impedirá sua vitória!
Lembrar da Reforma cerimonialmente é tradicionalismo morto e
enfadonho. Fazer uma análise crítica e uma aplicação de princípios às nossas vidas
e igrejas, talvez seja a única forma de frear essa putrefação do Evangelho que
transforma a igreja em uma caricatura religiosa, distante do retrato real que
Cristo pintou com seu próprio sangue. #porumanovareforma
Rev. LG