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NOSSA VISÃO Ser para Nova Friburgo e região uma REFERÊNCIA na exposição das Sagradas Escrituras, no alcance de nossa geração, no acolhimento de pessoas em nosso meio e na prática de um cristianismo autêntico

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

UM DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS, OU UMA VIDA DE AÇÃO DE GRAÇAS?

            Os primeiros Dias de Ação de Graças na Nova Inglaterra (EUA) eram festivais de gratidão a Deus, pelas boas colheitas anuais. Por esta razão, o Dia de Ação de Graças, chamado pelos americanos de Thanksgiving Day, é festejado no outono, após a colheita ter sido recolhida e é comemorado na quarta quinta-feira de novembro. O primeiro deles foi celebrado em Plymouth, Massachusetts, pelos colonos que fundaram a vila em 1620.  Após péssimas colheitas e um inverno rigoroso, os colonos tiveram uma boa colheita de milho no verão de 1621. O presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln, declarou que a quarta quinta-feira do mês de novembro seria o Dia Nacional de Ação de Graças. No Brasil, o presidente Gaspar Dutra instituiu o Dia Nacional de Ação de Graças, por sugestão do embaixador brasileiro em Washington, Joaquim Nabuco. Em 1966 definiu-se que tal data, seria comemorado no Brasil no mesmo dia que os americanos rendem graças a Deus.
 O Dia de Ação de Graças deve ser uma referência pontual de uma prática habitual, ou seja, ele deve nos lembrar de um compromisso diário, e não ser um compromisso anual. Da mesma forma que, mensalmente, nos lembramos na Santa Ceia, de nossa união espiritual com Cristo, estando em todo tempo unidos com ele. Um dia especial de ação de graças, tem a finalidade de ser um testemunho público de nossa fé, uma oportunidade de trabalhar a consciência coletiva da comunidade quanto ao assunto, mas jamais ser “O Dia” em que nós nos lembramos de Deus com gratidão. O senso diário de gratidão a Deus produz pelo menos três preciosos frutos para a vida cristã, a saber: 1-) RECONHECIMENTO DO DEUS SALVADOR, somos gratos porque reconhecemos que o Senhor nos livrou da condenação eterna nos dando vida eterna através de Cristo.             2-) RECONHECIMENTO DO DEUS PROVEDOR, somos gratos porque sabemos que é o Senhor que nos dá graciosamente, em Jesus Cristo, todas as coisas. 3-) DEPENDÊNCIA DE DEUS, somos gratos porque sabemos que o Deus Salvador e Provedor é fiel, e podemos esperar confiantes nele, pois ele não nos abandonará. Seja grato ao Senhor!!!    “pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável”. (1Tm 4.4)

Rev. Luiz Gustavo Castilho.

TESTADOS, PORÉM ENCORAJADOS

  1 João 2.12-14      

A mensagem desenvolvida nesse texto, é de grande importância para a formação de um cristianismo íntegro e genuinamente respaldado pela Palavra do Senhor.
           A primeira abordagem que devermos fazer nesse texto, é em sua interpretação mais clara, ou seja, naquilo que o texto diz explicitamente. Em uma leitura mais simples podemos ver João orientando a igreja a se proteger dos dardos inflamados do maligno.  Esse combate contra o maligno, aqui ensinado pelo apóstolo, não possui um caráter corretivo, mas sim preventivo.
  João exorta seus ouvintes a terem entendimento, defendendo assim três pontos importantes de nossa fé. Vejamos:

1- A EFICÁCIA DA SALVAÇÃO EM CRISTO v.12
¨ Podemos ter certeza de quer nossos pecados não mais nos condenam Rm 8.1.
¨ O maligno não nos separa do amor de Cristo, pois uma vez perdoados por Cristo obtemos a eficácia do seu poder.

2- A EFICÁCIA DA UNIÃO COM CRISTO v.13a
¨ O fato de conhecermos a Cristo, não somente nos proporciona salvação mas comunhão com ele através de seu Espírito.
¨ O maligno não mais pode nos acusar de separados de Deus. HNC 115.

3- A EFICÁCIA DO PODER DE CRISTO v.13b
¨ O vigor que nos é outorgado em Cristo nos dá força capaz de enfrentar todas as investidas do maligno.
¨ A Palavra nos faz “jovens” no vigor, da luta contra o mal.

CONCLUSÃO: O verso 14 na verdade é uma recapitulação do que foi dito anteriormente, trazendo uma ênfase no CONHECER (Ef 2.18,19).

Rev. Luiz Gustavo Castilho


sexta-feira, 14 de outubro de 2011


 A FÉ SALVADORA
 Hb 10.32-39

Fé, uma pequena palavra que ocupa um enorme espaço na percepção e na cosmovisão, tanto de um cristão orientado, como de qualquer pessoa. A fé faz parte da cultura do nosso país. Contudo, essa fé, que povoa a mente e a cultura do povo brasileiro, é capaz de se revelar nas mais diversas formas, gerando uma pluralidade no conceito de fé. Mas como compreender a fé à luz das Sagradas Escrituras?  Como nutrir uma fé genuinamente bíblica? Qual é a fé, que sem ela é impossível agradar a Deus? Penso que a Confissão de Fé de Westminster (CFW) no capítulo 14, ofereça um esclarecimento que nos conduza à uma fé genuína. Medite no texto e confira os versículos indicados para melhor compreensão das definições.

1-      A FÉ SALVADORA É UMA FÉ EXCLUSIVA.

CFW 14.I  A graça da fé, pela qual os eleitos são habilitados a crer para a salvação das suas almas, é a obra que o Espírito de Cristo faz nos corações deles, e é ordinariamente operada pelo ministério da palavra; por esse ministério, bem como pela administração dos sacramentos e pela oração, ela é aumentada e fortalecida.    Ef 2.8; Rm 1.16

2-  A FÉ SALVADORA NOS DIRIGE NA VIDA CRISTÃ.

CFW 14.II  Por essa fé o cristão, segundo a autoridade do mesmo Deus que fala em sua palavra, crê ser verdade tudo quanto nela é revelado, e age de conformidade com aquilo que cada passagem contém em particular, prestando obediência aos mandamentos, tremendo às ameaças e abraçando as promessas de Deus para esta vida e para a futura; porém os principais atos de fé salvadora são - aceitar e receber a Cristo e firmar-se só nele para a justificação, santificação e vida eterna, isto em virtude do pacto da graça. Rm 16.25-26; Gl 2.19-20
 
3-        A FÉ SALVADORA NÃO É INABALÁVEL.

CFW14.III  Esta fé é de diferentes graus, é fraca ou forte; pode ser muitas vezes e de muitos modos assaltada e enfraquecida, mas sempre alcança a vitória, atingindo em muitos a uma perfeita segurança em Cristo, que é não somente o autor, como também o consumador da fé. Rm 4.18-21;  Lc 17.3-5; Lc 22.31-32


                                                                    Rev. Luiz Gustavo Castilho.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

sexta-feira, 22 de julho de 2011


4- NUNCA PASSE ADIANTE ALGO QUE PREJUDIQUE ALGUÉM

 Chegamos ao quarto voto de nossa campanha, e desta vez vamos tocar em um assunto de grande relevância ao bem comum de nossa família, nosso trabalho e melhor enfatizando, a nossa igreja. O Cristianismo não é um conjunto de leis que se resumem em um programa de autoajuda que beneficia a um indivíduo, mas a Bíblia nos oferece princípios eternos e divinos que através da mútua ajuda proporciona o bem estar de todo um grupo. O Cristianismo deve ser um compartilhamento constante. Dentro dessa dinâmica, um elemento perigoso pode por em risco todo o equilíbrio deste organismo (igreja). A fala maliciosa, ou a famosa FOFOCA, é um câncer no corpo de Cristo. O mau uso de nossa língua, segundo Tiago em sua Carta no cap.2,  pode trazer maldições ao invés de bênçãos. Precisamos vigiar e orar pois naturalmente nossa língua é mais rápida que o cérebro, ou seja, costumamos falar antes de pensar. Há uma historinha que circula por ai, onde alguém faz uma diferenciação ente a MOSCA e a ABELHA. A princípio estamos falando de dois insetos, pequeninos, que voam e estão sempre ao nosso redor. Contudo, suas semelhanças param por ai. A MOSCA é um inseto que não tem nenhum padrão de conduta, ela tanto pousa em um delicioso doce, quanto em excrementos depositados nos esgotos ou coisas podres no lixo. A MOSCA se alimenta do que vier pela frente. Quando a MOSCA sai em seu vôo, ela vai contaminando tudo onde ela pousa, causando doenças e infecções. A ABELHA já não é assim! Este inseto procura com zelo, as melhores flores para se pousar, e está sempre a serviço de seu Senhor (a abelha rainha). Quando sai em seu vôo, com parte do pólen retirado, ela produz um delicioso mel, a outra parte do pólen ela vai deixando cair e gerando lindas e novas flores. Muito Bem! O que vocês tem sido na igreja meus amados? É tempo de Sermos ABELHAS, usar as nossas palavras para abençoar vidas. Para isso, precisamos escolher melhor onde vamos pousar e de que nós vamos nos alimentar. Que Deus abençoe sua vida, e nos ajude a não prejudicar ninguém com as nossas palavras. Fiquem na paz do Senhor!!!                                                                            
                                             
                                                       Rev. Luiz Gustavo Castilho.


 

sexta-feira, 15 de julho de 2011


3- NUNCA SE DEFENDA

“Toda arma forjada contra ti não prosperará; toda língua que ousar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a herança dos servos do Senhor e o seu direito que de mim procede, diz o Senhor.”  (Is 54.17)

               Este terceiro voto é muito importante para a sua vida pessoal. “Não se defender” é um princípio que pode trazer muitos benefícios para a sua vida cristã, para sua confiança, para sua intimidade com Deus. Entretanto, viver esta realidade consiste em trilhar uma estrada muito difícil e árdua, onde o seu sentido flui invariavelmente na contra-mão de nossa natureza. A idéia de A. W. Tozer de “não se defender”, implica em confiar a Deus todas os nossos problemas e conflitos. Naturalmente, somos seres auto-defensivos, normalmente armados e preparados para fazermos nossa defesa quando em um momento de confronto. Embora essa seja uma reação natural, a Palavra de Deus nos desafia a entregá-lo todo nosso cuidado, ao invés de reunirmos a nossa própria força, a nossa própria capacidade e a nossa inteligência para nos defender. 
              Conter o nosso senso justiça quando nos sentimos injustiçados é um esforço sobrenatural, mas o que é mais sobrenatural é conseguir encontrar o caminho para descansar na Justiça de Deus. Este voto, de maneira alguma, intenciona você a repousar em uma passividade onde você não reage a nenhuma investida do maligno, mas te convida a colocar todas as suas lutas nas mãos do Senhor e deixar que Ele guerreie a sua guerra. Quando em Ex 23.22 o Senhor diz a Moisés: “Serei inimigo de seus inimigos e adversário de seus adversários”. Em outras Palavras, Deus está dizendo a Moisés: “Seja meu amigo!
              Amada Igreja, não adianta querer seguir nosso caminho sempre querendo nos defender, sempre preocupados em demonstrar nossa boa fama, nossa aprovação diante dos homens, sempre desejando ressaltar a integridade de nossa reputação. Caso optemos seguir esse exemplo, não conseguiremos fazer mais coisa alguma e por certo não seremos bem sucedidos em nosso intento. Sempre existirá alguém querendo jogar pedra em você!!! Olhe para Cristo, siga a Cristo, queira agradar tão somente ao Senhor, se preocupe em ser amigo de Deus.   Agindo assim ainda que muitas pedras sejam atiradas contra ti, nenhuma te acertará. “Não tenho que lutar, é o Senhor quem luta por mim”. Desejo manter esse voto em minha vida e lutar contra mim mesmo para que eu não mais me defenda, mas para que o Senhor seja a minha defesa. Amém!!!!
                                                                

 Rev. Luiz Gustavo Castilho.

sábado, 9 de julho de 2011


2- NÃO SEJA DONO DE COISA ALGUMA

“No ano da morte do rei Usias, eu vi o Senhor  assentado 
em um alto e sublime trono...”  Is 6.1

Uma das maiores tragédias, fruto de nossa natureza pecaminosa, é nos acharmos donos de alguma coisa. Se esse sentimento é trágico para a nossa vida pessoal, o que dirá para a vida de uma igreja!  O senso se sermos “donos” de alguma coisa, pode parecer natural e comum, contudo, ele pode ser um perigoso passo que damos ao rejeitar o senhorio de Cristo em nossas vidas. Não somos donos de nada nesse mundo, sequer de nós mesmos. Somos meros MORDOMOS que recebemos o privilégio de cuidar daquilo que nos deu o SENHOR.
Quando não entendemos assim, nos tornamos francos candidatos a sofrer por amar demasiadamente ou doentiamente os nossos bens. Sofremos e fazemos sofrer os nossos filhos ou os nossos cônjuges quando os amamos como o sentimento de posse, e essa atitude é uma forma de dizer a Deus o seguinte: “O dono da minha vida sou eu, o que eu tenho é meu e faço o que eu quiser.” Assim, consciente ou inconscientemente, nós nos afastamos de Deus, e deixamos de receber todas as bênçãos que procedem do seu Santo Espírito.
O primeiro rei de Israel é um exemplo bíblico que demonstra essa patologia espiritual. Saul foi coroado rei. Qual foi o seu mérito para se tornar rei? NENHUM! No entanto o senso de ser  “dono”, que é o mesmo de ser “Senhor”, visto anteriormente em seu antepassado Adão, tornou esse rei cego e louco em suas atitudes, e quando ele perdeu o que não era dele, preferiu morrer. Desejar ser DONO, é o princípio da idolatria!!!
Deus trata esse sentimento no profeta Isaías, e assim trata de todos nós. No Capítulo 6 de seu livro, Isaías está sofrendo pois o grande rei Usias tinha falecido, o senhor do trono de Israel estava morto. Então Isaías vê o “Senhor assentado em um alto e sublime trono”. Essa visão declara para Isaías, para Israel, para a IPCNF e para o MUNDO, que só a um DONO de todas as coisas, seu nome é EMANUEL, e nós reconhecemos o Nome JESUS, como o nome sobre todo o nome, Senhor dos senhores. Amada igreja, não sejamos donos de nada, mas como no salmo 100, reconheçamos que do Senhor somos, como 1Pe 2.9,10 diz: “povo de propriedade exclusiva de Deus”. Saber quem é o dono de tudo, significa estar perto do dono. Estar perto do dono é ter tudo! Deus abençoe nossas vidas!!!!!
                                                                                                           
                   Rev. Luiz Gustavo Castilho.


terça-feira, 5 de julho de 2011


1- TRATE SÉRIO COM O PECADO

               O primeiro voto de nossa campanha nos adverte a tratarmos sério com o pecado. Embora este seja um assunto central em toda a Escritura, em vias de regra, temos uma tendência natural a sermos negligentes quando tratamos o pecado. Dar ao pecado outros nomes, fazer dele parte da cultura, institucionalizar e legalizar o pecado, tem sido uma das formas  negligentes de lidar com um problema tão sério, que tem assolado, enfraquecido, desfigurado e destruído o homem desde o princípio.
  O pecado NÃO TRATADO,  ou seja, negligenciado e tolerado, tem produzido em todo o mundo, uma geração de cristãos fracos, descomprometidos, religiosos. Sem coragem de clamar a Deus por uma mudança, uma transformação, igrejas tradicionais na Inglaterra e em toda Europa tem sido vendidas para se transformar em casas de show e espetáculos. O JOVEM cristianismo protestante no Brasil, já começa a mostrar o desgaste e a falta de ardor. Nossos jovens estão perfeitamente habituados  a este Século, e os nossos adultos e idosos tem dificuldades para renovar a mente e não se conformar com este Século. Não precisamos de um novo Evangelho, não precisamos de uma nova Teologia, não precisamos de uma nova forma de governo. PRECISAMOS DE UMA NOVA ATITUDE!!!!! Precisamos de uma reação, entender o pecado, tratar sério com o pecado, despertar para uma realidade espiritual que muitas vezes fazemos questão de não enxergar, e então, nos livrarmos das cadeias que nos amarram, que impedem o poder do Espírito Santo de fluir em nossas vidas.
  Este é um convite para uma RENOVAÇÃO,  de mente , de coração, de vida. Que este voto faça  começar um novo tempo em nossas vidas e em nossa Igreja!!!!! 

                                                                         Rev. Luiz Gustavo Castilho.

Afirmações para o Reavivamento Pessoal

Algumas pessoas rejeitam a idéia de fazer votos, mas na Bíblia você en­contrará muitos grandes homens de Deus que foram dirigidos por alianças, pro­messas, votos e compromissos. O salmista não era avesso a fazer votos. "Os votos que fiz, eu os manterei, ó Deus", disse ele. "Render-te-ei ações de graça" (Sl 56.12).
Meu conselho nessa questão é que se você está realmente preocupado com seu avanço espiritual, a obtenção de novo poder, nova vida, nova alegria e novo reavivamento pes­soal dentro de seu coração, será bom fazer certos votos e empenhar-se por cumpri-los. Se você falhar, prostre-se em humilhação, arrependa-se e comece novamente, mas sem­pre leve em consideração os votos feitos. Eles irão ajudar a harmonizar seu coração com os vastos poderes que fluem do trono onde Cristo está assentado, à destra de Deus. O homem carnal rejeita a disciplina de tais compromissos. Ele diz: "Quero ser livre. Não quero ter qualquer voto sobre mim. Não creio nisso. Isso é legalismo". Bem, deixe-me apresentar o quadro de dois homens.
Um deles não fez voto algum. Ele não aceita qualquer responsabilidade desse tipo. Ele quer ser livre. E ele é livre, em certa me­dida, assim como um vagabundo é livre. O vagabundo é livre para sentar-se num banco de jardim de dia, dormir sobre um jornal à noite, ser posto para fora da cidade na manhã de quinta-feira e voltar e subir pelas escadas rangentes de alguma pensão na quinta à noi­te. Esse homem é livre, mas também é inútil. Ele apenas ocupa um lugar no mundo, cujo ar respira.
Examinemos agora outro homem, talvez um presidente, ou primeiro-ministro ou qual­quer grande homem que carrega sobre si o peso do governo. Homens assim não são livres. Porém, com o sacrifício de sua liberdade de­monstram poder. Caso insistam em ser livres, poderão sê-lo, mas apenas como o vagabundo. Escolheram, porém, estar amarrados. Há muitos vagabundos religiosos no mun­do que não querem estar amarrados a coisa alguma. Eles transformaram a graça de Deus em libertinagem pessoal. As grandes almas, entretanto, são aquelas que se aproximam reverentemente de Deus compreendendo que em sua carne não habita bem algum. E sabem que, sem a capacitação dada por Deus, quaisquer votos feitos seriam quebra­dos antes de o sol se pôr. Não obstante, visto que crêem em Deus, com reverência assu­mem certos votos sagrados. Esse é o caminho para o poder espiritual. Sendo assim, há cinco votos que tenho em mente, que será bom fazer e observar.
A.W. Tozer

BARNABÉ, UM HOMEM CHEIO DO ESPÍRITO SANTO E FÉ

   At 11:19-26

    
   Quem é um homem cheio do Espírito Santo? Segundo o texto de Atos dos Apóstolos 11.24, Barnabé foi um homem cheio do Espírito Santo e de fé. Poucas palavras são necessárias para nos dar conta disso. Embora o Cristianismo possua os seus doutores, e na história muitos se destacaram como Tomás de Aquino, Agostinho, Lutero, Calvino, John Knox, Richard Baxter e tantos outros que se fossem citados não caberiam aqui. Contudo, o que fez e o que faz o Cristianismo marchar avante, frente às milícias do inferno, crescendo e expandindo o Reino de Deus neste mundo, definitivamente não foi a ação dos doutores e teólogos na religião. O progresso do Evangelho nunca dependeu e nunca dependerá daquilo que está na mente dos intelectuais, ou no bolso dos afortunados, mas do que está no coração e na vida de homens cheios do Espírito Santo. O texto de Atos nos desafia a sermos como Barnabé, um homem cujo nome significa “Aquele que dá coragem”, e eu desejo sinceramente que seu exemplo seja um referencial para as nossas vidas, para a nossa igreja.
Este pequeno texto nos dá conta que três atitudes de Barnabé revelam o caráter de um homem cheio do Espírito Santo. 

1- SE ALEGRA COM A GRAÇA DE DEUS: Barnabé foi enviado pela igreja de Jerusalém para fazer um relatório da nova igreja que surgia (v.22), a primeira fora dos limites de Israel. Com certeza uma igreja de liturgia e costumes diferentes, mas Barnabé se alegrou porque ele reconheceu algo comum à fé cristã: A graça de Deus. Um homem cheio do Espírito pode ter muitos problemas e diferenças com a igreja, mas ele se alegra com a Graça de Deus.

2- MOTIVA PESSOAS A PERMANECEREM NO SENHOR: Um homem cheio do Espírito Santo, não fica fazendo intrigas e comentários que só trazem polêmicas e divisão, mas motiva com seu testemunho os crente a permanecerem no Senhor, com firmeza de coração (v.23).

3- LEVA NOVAS PESSOAS AO SENHOR: A conduta de um homem cheio do Espírito Santo e de fé, naturalmente, fará muita gente se unir ao Senhor (v.24). Que o Senhor abençoe nossas vidas nos permitindo ser homens, mulheres, jovens, crianças, enfim, uma igreja cheia do Espírito Santo de Deus.

                                                                Rev. Luiz Gustavo Castilho.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

O LIVRE-ARBÍTRIO


                                                             Jo 3.1-7

O diálogo de Jesus com Nicodemos  além de possuir um dos principais argumentos evangelísticos do cristianismo (o novo nascimento), possui também um dos mais eficazes discursos apologéticos contra um dos temas mais controversos da teologia cristã:  O Livre-Arbítrio.

Martinho Lutero em sua obra “A Escravidão da Vontade”, entre outros, faz uso deste texto para declarar que o Livre-Arbítrio é uma heresia grosseira, que fere substancialmente os Ensinamentos das Sagradas Escrituras.  

O Livre-Arbítrio é uma matéria polemica discutida entre cristãos a muitos séculos. Embora esse pensamento tenha sido rechaçado na época de Lutero, ele ressuscitou no fim da idade média e encontrou espaço em vários segmentos seja religiosos ou filosóficos, e tomou as mais diversas formas que se encontram espalhadas no presente tempo.

Contudo, antes decompreender o Livre-Arbítrio dentro do pensamento reformado, precisamos compreender o que se quis dizer no passado com esse termo, para então se poder compreender o nosso posicionamento contra essa doutrina.

ORIGEM DO TERMO
A idéia de um Livre-Arbítrio, discutida em muitas épocas, por vários pensadores, entra  significativamente no debate Teológico, através de um monge agostiniano chamado Desidério Erasmo, que nasceu por volta de 1468 em Rotterdam na Holanda, daí ficando universalmente conhecido como Erasmo de Rotterdam.   

EM QUE ERASMO ACREDITAVA?
Influenciado pelo pensamento do arque rival de Agostinho, um teólogo excomungado da igreja chamado Pelágio, Erasmo, que era um humanista, acreditava que os homens podem conquistar a salvação, ao invés de dependerem exclusivamente de Jesus Cristo.  E a essa vontade própria do homem de escolher ou não a Cristo e o poder de obter ou não a salvação, ele chamou de:  Livre-Arbítrio. 

O PROBLEMA DO PENSAMENTO DE ERASMO
O pensamento de Erasmo de Rotterdam no século XVI, foi como uma granada atirada na história. Fragmentos de seu pensamento foram parar em diversos segmentos religiosos filosóficos, cada um sendo interpretados de uma maneira peculiar de cada movimento.

LUTERO X ERASMO
A resposta de Lutero ao pensamento de Erasmo foi fulminante no século XVI. Lutero refutou com maestria bíblica todas a rasas suposições do Livre-Arbítrio de seu oponente. Contudo, o cenário humanista que se seguiu da Idade Média pra frente, concebia muito mais naturalmente uma doutrina em que o homem tem o controle e não Deus. Assim, o Livre-Arbítrio é tirado do pó e da lama onde Deus o arremessou, e é colocado em um lugar de honra, se tornando um dos alicerces do pensamento humanista.                                                                                         

             "O HUMANISMO FOI CONSTRUIDO SOBRE UMA
       MENTIRA CONDENADA POR DEUS"
 

UM ERRO COMUM NA CONCEPÇÃO DE LIVRE-ÁRBITRIO
Muitas pessoas chamam de Livre-Arbítrio, a liberdade que o homem tem de ir e vir, de fazer ou desfazer, de errar ou de acertar, de pensar e dizer o que se pensou. Isso não é o que Erasmo ensinou no passado, mas podemos chamar essa liberdade humana de LIVRE-AGÊNCIA.

O POSICIONAMENTO DOS REFORMADOS QUANTO 
AO LIVRE-ARBÍTRIO NO DECURSO DA HISTÓRIA

CALVINO ENTENDE O LIVRE-ARBÍTRIO DE ADÃO
Então (Deus) proveu que se acrescentasse (ao homem) a escolha, que dirigisse os apetites e regulasse a todos os movimentos orgânicos, e assim a vontade fosse inteiramente consentânea à ação moderadora da razão. Nesta integridade, o homem usufruía de livre-arbítrio, mercê do qual, caso quisesse, poderia alcançar a vida eterna.
(Institutas I.XV.8)

MAS REPROVA ESSA CONDIÇÃO DO HOMEM PÓS-QUEDA
Mas os que professam ser cristãos, e ainda buscam o livre-arbítrio no homem perdido e imerso em morte espiritual, corrigindo a doutrina da Palavra de Deus com os ensinos dos filósofos, estes se desviam totalmente do caminho e não estão nem no céu nem na terra.
(Institutas I.XV.8)

A CONFISSÃO BELGA (1561)
... Por isso, rejeitamos todo o ensino repugnante sobre o livre-arbítrio do homem, porque o homem somente é escravo do pecado e "não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dado, Cristo diz: "Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o trouxer" (João 6:44)...

CATECISMO DE HEIDELBERG (1563)
Pergunta 8: Somos então tão corrompidos que somos totalmente incapazes de fazer qualquer bem e inclinados a todo mal?
Resposta: De fato, somos, a não ser que nasçamos de novo pelo espírito de Deus.

SEGUNDA CONFISSÃO HELVÉTICA (1566)
Ora, sabe-se que a mente ou entendimento é a luz da vontade, e quando o guia é cego, é óbvio até onde a vontade poderá chegar. Por isso, o homem ainda não regenerado não tem livre arbítrio para o bem e nenhum poder para realizar o que é bom. O Senhor diz no Evangelho: “Em verdade, em verdade vos digo: Todo o que comete pecado é escravo do pecado” (João 8.34). E o apóstolo São Paulo diz: “Por isso o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar” (Rom 8.7).
(Cap.IX.4)

CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER (1647) 
O homem, em seu estado de inocência, tinha a liberdade e o poder de querer e fazer aquilo que é bom e agradável a Deus, mas mudavelmente, de sorte que pudesse decair dessa liberdade e poder.
(CFW IX.2)

O homem, caindo em um estado de pecado, perdeu totalmente todo o poder de vontade quanto a qualquer bem espiritual que acompanhe a salvação, de sorte que um homem natural, inteiramente adverso a esse bem e morto no pecado, é incapaz de, pelo seu próprio poder, converter-se ou mesmo preparar-se para isso.
(CFW IX.3)

É no estado de glória que a vontade do homem se torna perfeita e imutavelmente livre para o bem só.
 (CFW IX.5)

CONCLUSÃO

Talvez todo esse trabalho não fosse necessário, se a nossa mente fosse incondicionalmente submissa à Palavra de Deus, e se pudéssemos ver nas Escrituras a clareza que Lutero viu quando Nicodemos afirma:

NINGUÉM PODE FAZER ESTES SINAIS QUE TU FAZES, SE DEUS NÃO ESTIVER COM ELE” 
                                                                                                                Jo 3.4

                                      Rev. Luiz Gustavo Castilho.