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NOSSA VISÃO Ser para Nova Friburgo e região uma REFERÊNCIA na exposição das Sagradas Escrituras, no alcance de nossa geração, no acolhimento de pessoas em nosso meio e na prática de um cristianismo autêntico

domingo, 17 de abril de 2011

A PROMESSA SOBRE O DIA DO SENHOR

ISAÍAS 58.13,14
 
INTRODUÇÃO:  A guarda do Dia do Senhor, é uma doutrina e uma prática cristã que parece estar gurdada nos alfarrábios e nos arquivos mortos de nossa religião. Quase não pregamos sobre isso, quase não discutimos esse assunto. Acredito que isso aconteça por um conformismo com as informações que temos, e por isso achemos desnecessário saber mais sobre isso, ou quem sabe discutir o óbvio. Quero citar duas possíveis informações, que talvez gere em nós esse conformismo:

1-) O fato de sabermos que o Dia do Senhor agora é domingo, por causa de Jesus.
2-) O fato de que eu guardo o dia do Senhor indo na igreja domingo.
O que mais nós sabemos sobre o dia do Senhor?

Ao lermos Isaias falando sobre o quarto mandamento, podemos entender que a guarda do sabado é muito mais complexa do que um simples ritual. Existem bênçãos que estão amarradas ao cumprimento do mandamento. Andrew Lincoln diz algo muito significativo quanto o SHABBATH: " O tema, envolve a reflexão a cerca da autoridade de Deus sobre o tempo e a vida do indivíduo". Ou seja, O quarto mandamento é um reflexo da autoridade de Deus em nossa vida. Ele torna visível se Deus é ou não, Senhor em nossas vidas.

Podemos ver o que alguns Símbolos de Fé falam sobre o assunto:

A CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER Cap.XXI

VII. Como é lei da natureza que, em geral, uma devida proporção do tempo seja destinada ao culto de Deus, assim também em sua palavra, por um preceito positivo, moral e perpétuo, preceito que obriga a todos os homens em todos os séculos, Deus designou particularmente um dia em sete para ser um sábado (descanso) santificado por Ele; desde o princípio do mundo, até a ressurreição de Cristo, esse dia foi o último da semana; e desde a ressurreição de Cristo foi mudado para o primeiro dia da semana, dia que na Escritura é chamado Domingo, ou dia do Senhor, e que há de continuar até ao fim do mundo como o sábado cristão.
Exo. 20:8-11; Gen. 2:3; I Cor. 16:1-2; At. 20:7; Apoc.1:10; Mat. 5: 17-18.

O BREVE CATECISMO

Pergunta 58. Que exige o quarto mandamento?
R. O quarto mandamento exige que consagremos a Deus os tempos determinados em sua Palavra, particularmente um dia inteiro em cada sete, para ser um dia de santo descanso a Ele dedicado.
Ref. Lv 19.30; Dt 5.12.

O CATECISMO DE HEIDELBERG

Pergunta 103. 0 que Deus ordena no quarto mandamento ?
R. Primeiro: o ministério do Evangelho e as escolas cristãs devem ser mantidos , e eu devo reunir-me fielmente com o povo de Deus, especialmente no dia de descanso, para conhecer a palavra de Deus, para participar dos sacramentos, para invocar publicamente ao Senhor Deus e para praticar a caridade cristã para com os necessitados, Segundo: eu devo, todos os dias da minha vida, desistir das más obras, deixando o Senhor operar em mim, por seu Espírito. Assim começo nesta vida o descanso eterno.

À Luz desses artigos, podemos fazer a seguinte interpretação das Palavras que o Senhor falou através de Isaías:

A OBEDIÊNCIA AO MANDAMENTO v.13a
"Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no meu santo dia;"
  •       Cumprir o mandamento não é facultativo, mas é a vontade do Senhor.
  •       Existe uma promessa sendo atrelada a este mandamento, "SE".

O PRAZER E O TEMOR NO CUMPRIMENTO DO MANDAMENTO v.13b
"se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs,"
  •      O mero cumprimento não satisfaz às exigências do Senhor.
  •       Ele quer que tenhamos amor e prazer (se chamares ao sábado deleitoso).
  •       Ele quer que tenhamos consciência e temor (se chamares ao sábado  santo dia do Senhor, digno de honra)
  •        Ele quer que tenhamos submissão ( não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs," )

OS FRUTOS DO MANDAMENTO EM NOSSAS VIDAS v.14
1-)  então, te deleitarás no Senhor.
·         Desfrutar da satisfação, da plenitude de vida e da paz que só existem em Jesus.

2-) Eu te farei cavalgar sobre os altos da terra
·         Passaremos por cima de todas as dificuldades, lutas e obstáculos em nossas vidas.

3-) e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai, porque a boca do Senhor o disse.
·         A herança de Jacó são todas as promessas feitas na Aliança  de Deus com Abraão. Mas pode ser traduzida como a misericórdia que não se aparta de nós, nos sustenta a cada dia, e nos conduzirá ao dia glorioso do Senhor.

APLICAÇÃO: É impossível experimentar um avivamento autêntico da parte de Deus em nossas vidas, em nossas igrejas, em nossas famílias se não aprendermos a deixar Deus ser Senhor da nossa vida e do nosso tempo. Que possamos de fato, compreender o valor do SHABBATH, que Deus o criou para o nosso bem, para a nossa alegria. O autor de Hebreus no capítulo 4 faz uma comparação do dia do Senhor com o Descanso Eterno. Deus nos deu um dia de Descanso na semana, para podermos nos preparar para o dia em que viveremos para sempre ao seu lado, no seu descanso. 

Hebreus 4.9-11:

9 Portanto, resta um repouso para o povo de Deus.
10 Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das suas.
11 Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo o mesmo exemplo de desobediência.

                                                  Rev. Luiz Gustavo Castilho

Aprendendo com os Símbolos de Fé Reformados


Catecismo de Heidelberg (1563)

Zacarias Ursino e Gaspar Oleviano

1.  Qual é o seu único consolo, na vida e na morte?

 

O meu único consolo é meu fiel Salvador Jesus Cristo.  A Ele pertenço, em corpo e alma, na vida e na morte, e não pertenço a mim mesmo. Com seu precioso sangue Ele pagou por todos os meus pecados e me libertou de todo o domínio do diabo. Agora Ele me protege de tal maneira  que, sem a vontade do meu Pai do céu, não perderei nem um fio de cabelo. Além disto, tudo coopera para o meu bem . Por isso, pelo Espírito Santo, Ele também me garante a vida eterna e me torna disposto a viver para Ele, daqui em diante, de todo o coração.

      O Catecismo de Heidelberg é considerado o Símbolo de Fé Reformado mais pastoral.  Sua primeira pergunta revela essa essência do cuidado e da ação pastoral de Deus em nossa vida. Somos seres, naturalmente carentes, naturalmente necessitados de consolo. Grande parte de nosso sofrimento, existe por causa de nossa vontade de sermos consolados por qualquer pessoa ou objeto que não seja Cristo. Ter Cristo como nosso consolo, significa buscá-lo, bem como o seu reino, em primeiro lugar em nossas vidas. Portanto, buscar Cristo em primeiro lugar em nossas vidas significa estarmos prontos para desfrutar da bênção mais completa para nossas vidas enquanto homens naturais: “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28).

                                                             Rev. Luiz Gustavo Castilho.


sábado, 16 de abril de 2011

O PERIGO DE SE FAZER PERGUNTAS

Uma coisa simples que fazemos todo tempo, todos os dias, pode na verdade, ser uma coisa muito perigosa. Fazer perguntas é um grande risco, pois algumas respostas podem nos comprometer e exigir de nós uma postura que talvez não estejamos preparados ou interessados em assumir. Perguntar para um irmão como ele está, ou se ele precisa de alguma coisa, sem que você tenha intenção de ajudá-lo, pode fazer de você um mero curioso ou na pior das hipóteses um cristão omisso ou hipócrita. Neemias foi um servo de Deus que nos ensina a coragem de se fazer perguntas sem medo de se comprometer com respostas.
No Livro que leva o seu nome, no cap. 1 v.2, vemos Neemias perguntando para Hanani, seu irmão, como estavam os judeus que escaparam ou não foram levados para o exílio, e a resposta foi seu povo estava em grande miséria e desprezo. Ele toma conhecimento que os muros de Jerusalém foram derribados e as portas queimadas. Esta resposta comprometia Neemias, pois se tratava de seu povo. Ele podia agradecer a resposta e voltar para sua casa, mas o texto nos ensina que um servo de Deus não pode ser omisso e negligente com a obra do
Senhor nem com seu povo. Neemias chora, se lamenta, jejua e ora perante o Deus dos céus (v.4), e se compromete com aquela resposta dada por Hanani. Sabemos da história de Neemias, de como ele se envolveu com o sofrimento do seu povo, de como ele intercedeu diante de Deus e diante do rei Artaxerxes, e de como ele reergueu os muros e a fé de Jerusalém. Fazer perguntas pode nos comprometer com as respostas que possivelmente ouviremos. Que o Espírito Santo de Deus faça de nós, homens, mulheres, jovens e crianças que não tenham medo de fazer perguntas, e nem tão pouco de nos comprometermos com as respostas. Que Deus levante em nosso meio uma igreja de fé operosa e abnegada em amor (1Ts 1.3). Que a graça maravilhosa de Cristo Jesus, nos sustente em toda a nossa vida, e que de fé em fé a nossa transformação prossiga até atingirmos a estatura de varões perfeitos, na vinda de nosso Senhor. Paz seja com a igreja!!!!

Rev. Luiz Gustavo Castilho.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A ANATOMIA DA TRAIÇÃO

 
              Encerramos a nossa série de estudos, onde procuramos conhecer um pouco melhor o perfil dos doze homens escolhidos por Cristo para serem apóstolos. Depois de aprendermos as lições de encorajamento, transformação e superação na vida de onze apóstolos,  aprendemos uma lição antagônica às demais, contudo, tão importante para nós quanto as outras. Judas Iscariotes é o exemplo colossal do que NÃO SE FAZER. Em termos práticos, saber o que não fazer pode ser mais útil do que saber o que fazer. Tão importante quanto saber o caminho que nos leva ao sucesso, é saber que caminho pode nos levar à ruína. Judas, o traidor, pavimentou em seu ministério o caminho da ruína, da vergonha, da traição e da morte. Ao examinar o comportamento deste homem, descobrimos a anatomia da traição. A traição do “filho da perdição” começa a ser arquitetada quando ele se aproxima de Jesus com as expectativas erradas. Judas esperava um Messias político, que resolveria as questões econômicas, sociais e religiosas de Israel. Ele não queria o que Jesus tinha para dar, daí sua desilusão com a igreja e com o próprio Cristo. Quantas pessoas se encontram desiludidas, tristes em nosso meio, por que na verdade, esperaram coisas erradas da igreja e de Jesus.
           Embora Judas fizesse parte do Grupo, ele sempre buscava os seus interesses pessoais. Um traidor não conhece a importância da Equipe, não sabe comungar idéias, ser flexível nem tão pouco submisso à liderança. Normalmente, os que mais reclamam, os que mais criticam, são os primeiros a abandonar o barco em todas as situações. A insatisfação permanente é precursora de uma traição iminente. As Escrituras, ainda nos afirmam, de maneira clara, um outro aspecto do traidor. Judas era “membro da igreja”, mas seus pés ainda estavam no mundo. Em Mt 26.14, podemos ver que Judas mesmo depois de quase três anos andando com Jesus, ainda tinha contato e intimidade suficiente com os sacerdotes e fariseus, a ponto de negociarem a traição. Judas em seu apostolado nos ensina que: crente que anda com o pé no mundo, uma hora vai trair Jesus. Possivelmente antes das trinta moedas, Judas devia ser o apóstolo do “isso não tem nada a ver”. Jovens e adultos que seguem o apostolado do “isso não tem nada a ver”, ou seja, eu posso estar na igreja e no mundo ao mesmo tempo, com certeza ou vão trair ou já estão traindo Jesus. Todos nós temos que passar pelas trinta moedas, todos vamos enfrentar a nossa tentação de trair Jesus. Há sempre um preço que vai tentar nos comprar, e satanás conhece o nosso preço muito bem. Mas a decisão de se vender ou não, É NOSSA! Judas, também nos ensina que as nossas trintas moedas não valem nada diante da tristeza de perder Jesus. Judas por fim, revela que o último ato de trair Jesus é o suicídio. Todo traidor é um suicida. Negar Jesus é Negar a vida. A traição só tem um remédio: Arrependimento e um retorno integral a Jesus. Que Deus te abençoe!!

Rev. Luiz Gustavo Castilho