Quem sou eu

Minha foto
NOSSA VISÃO Ser para Nova Friburgo e região uma REFERÊNCIA na exposição das Sagradas Escrituras, no alcance de nossa geração, no acolhimento de pessoas em nosso meio e na prática de um cristianismo autêntico

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019


A FRONTEIRA ENTRE O FIM E O COMEÇO

Um minuto separa o fim de um ano e o começo de outro.  O ano é um bem absolutamente mensurável, dividido em uma cronologia meticulosa. Sabemos exatamente quando ele começa e quando termina. Em poucos dias chegaremos à esperada fronteira, um minuto separará esse ano daquele que virá. O que acontecerá quando avançarmos a linha final desse ano? O que mudará? Que mudanças estarão a nossa espera no minuto seguinte da fronteira, lá em 2020? Possivelmente poucas coisas! A rotina permanecerá, as contas continuaram chegando e o novo ciclo trará consigo um baú de velhas novidades.
Essa fronteira, na verdade, não nos governa e nem determina muitas coisas em nossas vidas. Se quisermos, nessa fronteira podemos nos vestir com um traje de esperança, ou com uma capa de tristeza e solidão. Podemos desfilar com as fantasias entorpecidas pelo prazer, pela vaidade e pela luxúria, ou quem sabe com um véu sombrio de um luto. Cada um sabe como chegará às portas desse novo ano.
Mas essa fronteira deveria nos ensinar sobre uma outra, diferente e absolutamente determinante em nossa história. A fronteira da vida não é um bem mensurável, ela é imprevisível. Raramente saberemos quando estaremos vivendo o último minuto. Mas não precisamos estar despreparados para cruzar a linha final, pelo contrário devemos estar sempre prontos. Perdoar e pedir perdão, dizer EU TE AMO pra quem você ama, abraçar e compartilhar afetos, semear na vida de quem cruzar a sua estrada, consolar, sorrir junto, chorar junto. Se preparar para esse momento não é fácil, mas o apóstolo Paulo nos ajuda com um precioso conselho “mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (Fp.3.13-14). Irmãos o alvo está posto nesse lado da fronteira, mas o prêmio, está lá do outro lado.  PROSSIGA NESSE CAMINHO!!! Que a fronteira de 2020 te inspire para se preparar para a fronteira da vida.   UM FELIZ E ABENÇOADO ANO NOVO!!!

                                                                                                  Rev. Luiz Gustavo

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019


Um presente de Natal
Um presente para a vida

Presentes de Natal sempre marcaram a minha infância, na verdade, mais pela emoção de receber do que pelo presente em si. Vejo essa história se repetindo na vida dos meus filhos. Eu sei que natal não é tempo de presentes, o motivo é outro, a essência e o foco são outros, que muitas vezes perdemos o verdadeiro sentido do natal mas... A verdade é que receber presentes é muito bom, dar presentes pra quem nós amamos é melhor ainda! A grande questão dos presentes, na minha opinião, é que ao invés de demonstrarem um sentimento eles simplesmente o substituem. Mais fácil dar um presente do que dar um abraço apertado e verbalizar o nosso sentir.
Longe, mas muito longe de toda essa cultura de dar presentes no Natal, existe uma dimensão onde o presente pode ser concebido. Isto veio ao meu coração quando eu estava andando de bicicleta em uma pequena e afastada estrada de chão. O sol estava bem quente, e de longe eu vi um senhor que aparentava ter uns 80 anos, e um jovem ao seu lado, sentado no chão descansando à sombra. A medida que eu me aproximava vi que o senhor (de pé) acariciava a cabeça do jovem e lhe dava de beber na boca com uma garrafa de água, a princípio estranhei pois poderia ser o contrário. Quando me aproximei vi que o jovem era portador de uma deficiência mental, embora já com traços de homem feito era cuidado e amparado pelo senhor bem idoso.  Eu falei um bom dia e disse ainda: - “Pegando uma sombrinha heim?” O senhor idoso me respondeu com um sorriso dizendo: “meu filho tá descansando um pouquinho, viemos dar uma volta mas está muito quente!” continuei a pedalar sem considerar profundamente o que tinha acabado de ver e ouvir.
  Passados alguns quilômetros minha mente e meu coração se sintonizaram e perdi completamente as forças e tive que parar. Aquele pai idoso possivelmente cuidou daquele filho desde a infância e mesmo ele já adulto com barba o pai continuava ali, o fazendo descansar à sombra, acariciando sua cabeça e lhe dando de beber na boca. Imediatamente eu pensei: Esse pai é um presente na vida desse filho! Mas pensando além, será que esse pai seria naturalmente um homem tão misericordioso se o seu filho fosse normal e não dependesse de seus cuidados? Então pensei, contrariando qualquer lógica e expectativa humana, esse filho é um presente na vida de seu pai.
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho... Jesus foi um presente para sua vida! Viva de maneira que você seja um presente na vida de alguém. Desejo que a sua existência abençoe e marque a existência de muitas pessoas. Não sei nada sobre aquele pai e aquele filho, mas eles foram um presente de Deus para a minha vida, Um presente de natal, um presente para a vida!                  

                                                                  FELIZ NATAL!!!!

                                                                                                          Rev. Luiz Gustavo

quinta-feira, 3 de outubro de 2019



VERDADES TÓXICAS

            A Bíblia não é um livro baseado em verdades circunstancias, mas em uma VERDADE CENTRAL. De Gênesis a Apocalipse, a despeito das muitas histórias registradas no decorrer dos séculos, um tema sobressai absoluto, a Redenção.  A história da redenção é basicamente o processo em que Deus empreende seu amor no homem pecador, para redimi-lo, a fim de que esse o glorifique. Simples assim! Por isso nosso chamado como propagadores do Evangelho deve estar perfeitamente alinhado com o tema central das Escrituras.
            Infelizmente, vemos a evangelização contemporânea intoxicada com verdades circunstanciais. Evidente que me refiro às igrejas ortodoxas que ainda creem no Evangelho apostólico, e não as tantas que professam um evangelho anátema e secular. Igrejas e cristãos confessionais andam se distanciando de seu ALVO, tanto nos púlpitos, como em redes sociais, revistas e periódicos e em conversas pessoais. Tenho percebido uma preocupação exacerbada em nossos discursos, em priorizar ideologias políticas, críticas aos exageros do cristianismo sincrético e pagão brasileiro (acabei de fazer isso agora), questões sociais, empreendedorismo religiosos, causas ecológicas e outros. Eu creio que esses itens são verdades, e que tem o seu devido lugar no ensino cristão, mas está faltando Jesus crucificado, arrependimento, perdão de pecados e salvação. As verdades circunstanciais do Cristianismo não podem sufocar nem intoxicar a verdade Central, caso contrário nossa fé será uma ação social piedosa. Trabalhe pelo Evangelho, mas trabalhe certo. Conheça a natureza do Evangelho e entenderá sua ação e a tua função. Charles Spurgeon define muito bem essa relação: “O Evangelho é como um leão enjaulado, não precisamos defendê-lo, só precisamos deixar que saia da jaula.” Faça do seu ministério cristão um “abridor de Jaula”, o mundo não vai mudar com sua opinião sobre o Cristianismo, mas com a pregação fiel do Evangelho.  EM CRISTO, O SENHOR!!!
                                                                                                                                                                                                                                                                Rev. LG

sexta-feira, 20 de setembro de 2019


IPCNF 121 ANOS
Um novo ciclo para uma nova geração

Nossa amada igreja está completando 121 anos. Pensando nessa composição numérica (120 + 1), por algumas razões minha mente se encheu de esperança, e essa, por sua vez  precede a alegria e a perseverança . O Número 12 é certamente o número mais simbólico da Bíblia. Ele tem um significado de Completude e de permanência eterna. Vemos esse número em toda a extensão da Revelação. Ele comunica ao povo que o seu Deus constrói coisas perfeitas, por exemplo: A nação de Israel era composta de doze tribos. Foram enviados doze homens para espiar a terra (Nm. 13). Josué pôs doze pedras no rio Jordão (Js 4:9). Elias usou doze pedras para construir um altar (I Rs 18:31,32). Ele escolheu doze apóstolos e lhes prometeu o direito de se assentarem em doze tronos, para julgarem as doze tribos de Israel (Mt. 19:28).
Mas esse número também significa um tempo que Deus começa um novo ciclo na vida dos seus servos, por exemplo:  O Senhor Jesus foi a Jerusalém aos doze anos de idade (Lc. 2:42). Ele curou a mulher que tinha um fluxo de sangue havia doze anos (Lc. 8:43,44). Ele levantou da morte a filha de Jairo, que tinha doze anos de idade (Lc. 8:42,54,55). Depois de cinco mil pessoas terem se alimentado, as sobras dos cinco pães e dois peixes encheram doze cestos (Mt. 14:20).
Quando percebo que 120 anos foi um período abençoado de muitas lutas mas muitas vitórias e que foi um tempo perfeito em que Deus fez coisas maravilhosas, então entendo que esse número 1 (dos 121) é um novo ciclo em que o Senhor continuará a operar as suas maravilhas.
Quero crer que esse é um tempo de Deus levantar uma nova geração (já está levantando) para honra e glória de seu nome. Tive o privilégio de ver uma linda geração passando o bastão para uma nova, e esta por sua vez, se esforçando para honrar suas antecessoras.
Que esse primeiro ano de um novo ciclo, se inicie com coragem, esperança e perseverança, para sermos também um geração abençoada. As lutas virão, como vieram antes, mas a igreja do Senhor permanecerá. Parabéns amada igreja por seus 121 anos.
Com amor por todos
                                 Rev. Luiz Gustavo Castilho


quinta-feira, 18 de julho de 2019


ENVELHEÇA COM OS APLICATIVOS DO CÉU
Ec 12.1-3

            A criatividade dessa geração parece não ter fim. De repente meus amigos começaram aparecer velhinhos nas redes sociais, até pensei que uma bomba radioativa tinha desencadeado o apocalipse do envelhecimento precoce. Nada disso, um aplicativo chamado faceapp se tornou a mais nova atração, ele pode deixar você mais velho, mais novo e tem até a opção de deixar você bonito. A possibilidade de ter uma ideia de como você será em sua velhice é sensacional e muito divertida! Quem não gostaria de se ver daqui a trinta ou quarenta anos? Qual efeito o tempo fará em nossas aparências? A moda pegou e os futuros velhinhos tomaram conta do pedaço.
            Mas ver tanta gente nova com a cara velha, me fez pensar em uma coisa: A vida é um aplicativo que também nos envelhece, mas com ferramentas que não mudam apenas a nossa aparência, mas a nossa história, o nosso vigor, nossas realidades e nossas expectativas. Contudo, diferente do faceapp, a vida é um aplicativo que não pode desfazer as alterações. Ai eu me lembrei de Eclesiastes capítulo 12.1: “lembra-te do teu criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, antes que venham os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer...” Esse aplicativo chamado VIDA, nos envelhecerá, e não será tão divertido envelhecer, perderemos muitas coisas, tantas que é difícil elencar. Nos versos 2 ao 7 o autor de Eclesiastes compara o envelhecimento com a deterioração de uma casa. Ainda que hoje tenhamos muita qualidade de vida na terceira idade, a metáfora do texto continua apropriada. Quando o sábio nos diz para conhecer e consequentemente nos lembrar do Criador nos dias da nossa mocidade, na verdade ele nos ensina a experimentar o melhor tesouro da vida enquanto somos fortes, porque se a nossa força física for nosso maior tesouro, na velhice não teremos nada. Se Deus é nosso maior tesouro hoje, quando envelhecermos, ainda que tenhamos perdido tudo, o nosso bem mais precioso, nossa maior alegria e esperança estarão intactas. Deus é o tesouro que não envelhece, e Ele promete nos renovar por completo na volta de Seu Filho Amado, e os maus dias serão apenas um momento antes de um eternidade imune a velhice.
            Por isso minha gente, vamos envelhecer com os aplicativos do céu, a Palavra, a oração os louvores e a comunhão com o Espírito e com todos os santos. Que o Senhor abençoe a todos nós, os novos que ficarão velhos, e os velhos que em Cristo ficarão novos.

                                                                                                               Rev. Luiz Gustavo

sexta-feira, 12 de julho de 2019




    

O Cleptomaníaco e o Perverso
Uma metáfora do pecado na vida humana


Furtar é um crime, previsto na Lei na forma do artigo 155 – (Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia). Sim, a Palavra de Deus também possui uma determinação contrária a essa prática em Ex 20.15 : Não furtarás”. Quem furta é ladrão!  Quem rouba é ladrão!
Contudo, será que podemos considerar que todos os ladrões são da mesma natureza? A psiquiatria apresenta uma psicopatologia chamada CLEPTOMANIA (Um transtorno de controle de impulsos que resulta em um impulso irresistível de roubar).  Esse é um caso bem conhecido, e uma das características do portador desse transtorno é que ele rouba coisas, independente do valor, e sente profunda vergonha pelo ato, muitas vezes até devolvendo o objeto roubado, uma vez que não desejava obter nenhum lucro com ele.  Entretanto, o tipo mais comum de ladrão, rouba pela desqualificação de seu caráter. Deseja roubar coisas que tem valor para aferir lucro fácil, sente alegria e contentamento com seu ato, e a única tristeza que seus atos podem lhe conferir é ser descoberto e interrompido por penas prevista na Lei. Esse podemos chamar de PERVERSO.
Podemos ver nesses dois exemplos uma excelente metáfora que nos ajuda a compreender os efeitos do pecado no homem. A Teologia Reformada  nos ensina que o Pecado Original, afeta toda a humanidade, Paulo diz: “todos pecaram e destituídos estão da Gloria de Deus” (Rm 3.23), mas a graça de Jesus muda o homem pecador, e no versículo seguinte o apóstolo afirma: “Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.” Essa Justificação impede o homem de pecar? NÃO! Mas ela muda substancialmente nossa relação com o pecado. Davi no Salmo 32.4 diz que sentia a mão do Senhor pesar sobre ele, o perverso não sente isso, ele é guiado por sua própria mão. Paulo em Romanos 7.20 diz que o pecado o faz fazer o que ele não quer fazer, o perverso faz o que ele quer.  No versículo 22 Paulo diz que em seu interior há prazer na Lei do Senhor, o perverso tem no seu íntimo desejo pelo pecado, ainda que em seu exterior haja uma declaração religiosa, como forma de piedade, mas vazia.  De volta ao Salmo 32 Davi diz que confessa seu pecado, chora e se arrepende diante de Deus, o perverso até lamenta o constrangimento, mas sua tristeza foi por ser descoberto e não poder mais continuar tranquilamente em sua prática do pecado.
Como CLEPTOMANÍACOS sabemos que precisamos de tratamento, e buscamos a Graça e a Palavra que controlam nossos impulsos e nos ajudam a lidar com o pecado que tenazmente nos assedia, fazemos isso olhando firmemente para Jesus (Hb 12.1,2). Corramos para o prêmio da soberana vocação, mas enquanto não alcançamos a cura definitiva para nosso transtorno, que possamos nos submeter ao tratamento gracioso outorgado pelo Espírito Santo através da Palavra de Deus. Que o Senhor nos livre da PERVERSIDADE e do homem perverso que insiste em morar dentro de nós, nos dando um coração como o de Davi no Salmo 32.
Deus te abençoe e tenha uma boa semana!!!
                                                                                 
                                                                                                                                    Rev. LG

domingo, 30 de junho de 2019


O CONSOLO QUE EU NÃO QUERO

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco” (Jo 14.16)

João relata as palavras de Jesus sobre a vinda do Espírito Santo, e um de seus atributos na vida do homem é consolar! O consolo é um anseio universal, todos que sofrem, que perdem, que se ferem ou se encontram perdidos e desanimados, desejam um consolo. Entretanto, é muito comum pessoas não se sentirem consoladas pelo Espírito Santo no meio de seus dramas pessoais. Quando uma pessoa diz que a vida na eternidade, que as promessas de galardão no céu e todas as sortes de bênçãos espirituais, normalmente relacionadas com a ação do Espírito Santo, não consolam sua vida em meio a dor, achamos estranho e julgamos como falta de fé. Por essa razão muitas pessoas se decepcionam com Deus, não entendem Deus e se afastam dele. Por outro lado muitos cristãos consentem com esse afastamento por não entenderem a legitimidade da dor do outro.
Na verdade, o que acontece aqui é uma má compreensão da natureza da ação consoladora do Espírito Santo.  Na dor e na perda, em nossa concepção humana, a única coisa que nos “consolaria” seria a RESTITUIÇÃO. Mas para o Espírito Santo consolar não é restituir. A ideia do consolador na Bíblia não tem a ver com um reparador de danos ou “bode expiatório”, que leva a dor para outro lugar, longe da sua vida. Jesus nos ensinou que ele enviaria seu Espírito para nos ajudar a SUPORTAR as nossas dores (que serão integralmente sentidas), para ENFRENTAR nossos medos e temores (que normalmente aparecerão), e para RESISTIR às tentações (que certamente nos assolarão). O Espírito Santo nos dá o que precisamos, não o que queremos! Jesus disse que no mundo teríamos todas as aflições (normal do mundo), mas o ter o bom ânimo para enfrenta-las, isso o mundo não pode nos conceder. O consolo espiritual não é para te dar prazer ou te fazer feliz, mas para te fortalecer e não deixar você perdido nesse mundo.
Redefina que consolo você quer na sua vida, entenda o que você não deve esperar do Espírito Santo, ajuste o seu coração em uma fé bíblica, e enfrente corajosamente esse mundo. O Senhor estará sempre convosco!!!

       Rev. LG

sexta-feira, 19 de abril de 2019

FELIZ PÁSCOA NA GALILEIA
Mt 28.1-10




   Todos os Evangelhos narram a ressurreição de Jesus. A narrativa de João é a mais completa, a mais detalhada, escrita por último e tendo por testemunha o único apóstolo presente na crucificação e aquele que acompanhou Pedro até ao sepulcro vazio. Entretanto, os Evangelhos de João e de Lucas não se preocupam em registrar uma particularidade registrada em Mateus e Marcos. Em Mateus 28 no verso 7 o anjo diz para os discípulos irem para Galileia para poderem ver Jesus. E no verso 10, o próprio Jesus reafirma o que o anjo disse para Maria Madalena: “Ide avisar a meus irmãos que se dirijam para a Galileia e lá me verão.” Então aqui eu me faço algumas perguntas: Por que Jesus manda os discípulos voltarem para a Galileia para poderem vê-lo? Por que ele não se revela em Jerusalém, onde ele foi sepultado e onde os discípulos estavam? Qual a aplicação desse registro para nossas vidas? Faço aqui rápidos apontamentos:

   Em primeiro lugar, Jerusalém representa aqui um lugar de perda, de derrota, de prisão e de luto. Jerusalém foi o lugar das traições de Pedro e Judas, o lugar da falta de perseverança em oração no Getsêmani e do abandono dos discípulos em relação ao Mestre. Jerusalém era um lugar de dor! A RESSURREIÇÃO DE JESUS PRECISA NOS TIRAR DO NOSSO LUGAR DE DOR.

   Em segundo lugar, a Galileia foi onde Jesus fez o seu primeiro milagre, o sermão da montanha, multiplicou pães e peixes, andou sobre as aguas, acalmou a tempestade do tempo e a do coração de seus discípulos. A Galileia foi onde Jesus fez a maioria dos seus milagres, e pôs a verdadeira esperança no coração de seus discípulos. A RESSURREIÇÃO DE JESUS PRECISA NOS LEVAR PARA UM LUGAR DE ESPERANÇA!

   Por fim, A Galileia foi o lugar onde Jesus chamou todos os seus discípulos. Onde eles viviam suas vidas alheias à verdade, escravos do mundo e das limitações naturais da vida. Foi na Galileia que eles conheceram a Palavra da vida eterna, o caminho da salvação e uma promessa de vida abundante. Foi na Galileia que eles descobriram que a vida podia ser completamente diferente. A galileia era o lugar para eles recomeçarem. A RESSURREIÇÃO DE JESUS PRECISA NOS LEVAR DE VOLTA AO PRIMEIRO AMOR.

   Que nessa Páscoa, a Ressurreição nos tire do lugar de DOR, nos leve a um lugar de ESPERANÇA e um lugar de RECOMEÇO! Encontre a sua Galileia!!! 
FELIZ PÁSCOA!!!
Rev. LG



sexta-feira, 29 de março de 2019

 
PREGAÇÃO REFORMADA
A ORIGEM
 
           Antes de falarmos sobre Pregação Reformada, devemos entender o que é PREGAÇÃO. Pregação é o ato pelo qual a Palavra de Deus se transforma em um Meio de Graça. Mas o que seria isso?
É uma expressão que a teologia utiliza para designar a comunicação da graça divina ao homem, através dos meios instituídos pelo próprio Senhor Jesus e revelados nas Sagradas Escrituras. A pergunta 88 do BCW traz luz ao que a Teologia Reformada chama de MEIOS DE GRAÇA:
 “Quais são os meios exteriores e ordinários pelos quais Cristo comunica as bênçãos da redenção?”  R: “Os meios exteriores e ordinários pelos quais Cristo nos comunica as bênçãos da redenção são as suas ordenanças, especialmente a Palavra, os sacramentos e a oração, os quais todos se tornam eficazes aos eleitos para a salvação.”  A Pregação é de fato o Meio de Graça mais importante, pois os demais subsistem através dela. Os Sacramentos só são realizados porque aquele que creu na pregação, através dela foi instruído sobre as ordenanças de Cristo.
A Pregação da Palavra de Deus, realizada pelo homem, tem que ser exatamente a transmissão daquilo que Deus deseja que seja transmitido, nada a mais e nada a menos. Charles koller, faz um comentário de grande importância para o entendimento da relação de Deus com a sua Palavra: “Toda a pregação repousa sobre a afirmação básica: Assim diz o Senhor! Esta afirmação ocorre aproximadamente duas mil vezes nas Escrituras. Quando o pregador comunica fielmente a Palavra de Deus, ele fala com autoridade.” A Pregação Reformada é o legado da Reforma Protestante, cujo objetivo é trazer CRISTO novamente para o centro da vida cristã, uma vez que a religiosidade e o secularismo o lançaram para a margem simbólica do cristianismo. Ela é o retorno contínuo para a essência do Evangelho. Uma declaração consciente de combate a tudo que usurpa o lugar de JESUS, seja no culto, na pregação, no ministério e na vida! John Piper AFIRMA: a supremacia de Deus na pregação é deliberadamente trinitariana. O alvo da pregação é a glória de Deus. O solo da pregação é a cruz de Cristo. O dom da pregação é o poder do Espírito Santo. Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, são o início, meio e fim no ministério da pregação.”
 
Rev. LG