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NOSSA VISÃO Ser para Nova Friburgo e região uma REFERÊNCIA na exposição das Sagradas Escrituras, no alcance de nossa geração, no acolhimento de pessoas em nosso meio e na prática de um cristianismo autêntico

quinta-feira, 28 de setembro de 2023


 

OS FRUTOS EXTRAORDINÁRIOS DA VELHICE

“Na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor,

 para anunciar que o Senhor é reto.” (Sl 92.14,15)

 

Hoje, primeiro domingo de outubro, comemoramos o dia do idoso. Esse é um dia digno de celebração e gratidão a Deus. A velhice traz consigo uma vitória desconhecida da mocidade e da maturidade em pleno vigor. Um olhar completo de toda a jornada da vida, um esvaziamento inevitável da força física, para que se perceba de maneira plena o vigor da espiritualidade. Evidentemente, o vigor da espiritualidade na velhice é para quem se lembrou do Criador nos dias de sua mocidade (Ec.12.1).

O salmo 92.12 afirma que o justo florescerá como a palmeira e crescerá como o cedro do Líbano. Pois bem, tanto a palmeira — que em sua altivez é capaz de referenciar lugares — quanto o cedro do Líbano — que em sua força é capaz de sustentar grandes estruturas — ambos atingem o clímax de suas finalidades na fase já idosa. O verso 13 diz que tanto essa palmeira quanto o cedro estão plantados na Casa do Senhor. A igreja precisa, mais do que nunca, de palmeiras que sejam grandes referências e de cedros que sejam grandes colunas para sustentar a obra do Senhor.

Uma das coisas mais lindas que vemos nesse salmo está nos versos 14 e 15. Essas palmeiras e cedros, que simbolizam os justos do Senhor, na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e vigor...” Não se confunda nem desanime, esse vigor não é para fazer o que você sempre fez em sua mocidade, mas sim para continuar fazendo, agora de maneira extraordinária, aquilo que você foi chamado para fazer: para anunciar que o Senhor é reto”.

Ver idosos — cansados, limitados em sua saúde e faculdades — pregando e falando com paixão do seu Deus e do Evangelho é um dos mais poderosos tônicos e motivadores para a alma cristã. Parabéns às queridas palmeiras e cedros da IPCNF, parabéns a todos os nosso idosos. Saibam que ainda precisamos muito de todos vocês!

 

Boa semana!

Rev. Luiz Gustavo

domingo, 10 de setembro de 2023

O TESOURO NO BOCADO SECO


Às vezes, precisamos lembrar, com efeito prático, que o livro de Provérbios é Palavra de Deus para nossas vidas! Muito mais do que uma compilação gigante de ditados populares, Provérbios é uma fonte que jorra a sabedoria do Senhor Deus sobre todos os âmbitos dos relacionamentos humanos.

O primeiro verso do capítulo 17 nos traz o seguinte conselho: “Melhor é um bocado seco e tranquilidade do que a casa farta de carnes e contendas”. Definitivamente, esse provérbio não se propõe a tratar sobre escassez e fartura, mas sobre o triunfo da paz sobre as contendas da vida. No original hebraico, a palavra “contenda” significa literalmente “sacrifício de contendas”, uma alusão apresentada, provavelmente, em contraste aos “sacrifícios pacíficos” que eram oferecidos em Deuteronômio 27.7.

A grande verdade que nos encontra e nos toca aqui é que na vida fazemos muitos sacrifícios e os fazemos o tempo todo! Sacrificar é algo intrínseco ao ser humano. Abel e Caim sacrificavam a Deus (ainda que o texto não nos diga que Deus pediu). Nações pagãs sacrificavam aos seus deuses. Diversas tribos primitivas, que nunca se relacionaram, prestavam sacrifícios à suas divindades. Nossa geração moderna presta sacrifícios diversos aos seus deuses pessoais e modais... e por aí vai. Sacrifícios são feitos, essencialmente, para se obter algum tipo de favor.

A casa cheia de carne representa aqui nossos anseios pessoais, uma espécie de riqueza, de conforto ou de prosperidade pessoal. Nenhum problema com a prosperidade, mas o preço que pagamos para tê-la, esse sim é o ponto. Para encher a casa de carne ou a vida de bens, pagamos preços altos, nos ligamos a “coisas” e a circunstâncias que vão desencadear conflitos e contendas que nos consumirão de uma tal maneira que chegaremos ao ponto de um dia não ver valor nenhum nessa fartura de carnes.

Em contrapartida, a paz também é adquirida sempre através de um sacrifício. A tranquilidade da alma e da mente precisa ser vista como uma riqueza que não pode ser negociada por moedas desse mundo. A experiência bendita da paz, muitas vezes, é resultado do sacrifício de não ver a “casa cheia de carne”. Seja a prioridade dos bens materiais, sejam os direitos de nossa autojustiça, seja a imposição de algumas convicções recheadas de contendas... somente quando abrimos mão desses desastres naturais da alma humana em favor de uma tranquilidade que desafia o status quo desse mundo é que vamos entender que um bocado seco pode ser um grande tesouro!

 

Boa semana.

Rev. Luiz Gustavo

sábado, 2 de setembro de 2023

O REINO DE ESPERANÇA OU UM MUNDO DE FANTASIA



O mesmo chão que pisamos, os mesmos bancos onde sentamos, as mesmas ruas que atravessamos todos os dias. As mesmas escolas, os mesmos  mercados, os mesmos lugares do nosso ordinário, são o palco onde escolhemos viver em um Reino de Esperança ou em um Mundo de Fantasias.

As mesmas pressões, as mesmas alegrias, os mesmos prazeres, as mesmas angústias… diante das mesmas condições decidimos construir o nosso olhar da realidade, as lentes pelas quais os nossos olhos vão enxergar e a nossa mente discernir todas as coisas sobre a terra.

Ao escrever para seu filho na fé, Timóteo, (2Tm 4.1-5), Paulo o adverte sobre os efeitos de um tempo devastador. Nesse tempo a verdade não seria tolerada, os preceitos do Evangelho não seriam apenas enfadonhos, mas representariam uma grave afronta à realidade daqueles que decidiram se entregar às fábulas desse século, que passaram a dominar o imaginário de uma gente que se veste com as fantasias da liberdade de ser e fazer o que bem se desejar.

“Timóteo o único antídoto contra essa embriaguês interminável é uma sobriedade constante!” 

Para Paulo essa sobriedade nos mantêm vivos no Reino da Esperança, pois ela quebra as vidraças sedutoras desse Mundo de Fantasias. Viver e pregar o Evangelho é a recomendação do apóstolo para todos nós!!!


Boa semana!!!

Rev. Luiz Gustavo

sexta-feira, 19 de maio de 2023

 

DÍZIMO

Efeito colateral de

 uma espiritualidade saudável

 

            Sem dúvidas, o dízimo é um dos assuntos mais controversos do mundo cristão. Mal compreendido, mal ensinado, mal recebido pela comunidade dos crentes modernos. No fim do século XX, esse elemento, que foi a fonte de sustento da Igreja do Senhor por séculos, voltou a ser sequestrado por interesses escusos de “lobos” à serviço da teologia da prosperidade. O mercantilismo e a exploração da fé tiveram nos dízimos e ofertas seu principal meio de obtenção de lucro. Entretanto, o que vimos ao longo dos anos, como reação à essa prática bizarra, foi uma atitude também não espiritual. O abandono do dízimo e das ofertas é definitivamente um outro erro.

            Evidentemente, condicionar as bênçãos de Deus e seus favores à nossa liberalidade financeira é um equívoco, que foi combatido duramente na Reforma Protestante do séc. XVI. Contudo, cremos que um cristão consciente das bênçãos que recebe de Deus, desenvolve naturalmente, em seu coração, um senso de gratidão e compromisso com o Reino. Sua igreja local é sua relação mais íntima e mediata com o Reino de Deus.

            Certamente, muitos textos e contextos bíblicos nos ensinam sobre a fidelidade e o compromisso com a manutenção do Reino, e que isso deve ser feito com a liberalidade de cada coração (2Co 9:7). Mas ser membro de uma igreja, desfrutar de sua estrutura, dependências e tudo que é adquirido com recursos financeiros, sem que haja nenhuma forma de contribuição, definitivamente é sintoma de uma espiritualidade sem vigor. Uma espiritualidade saudável, traz ao cristão contornos espirituais, éticos e morais, e um importante atributo de Deus, comunicado ao homem: A generosidade! Quando temos dificuldades com a liberalidade financeira para a igreja, então temos um sinal de que algo precisa ser tratado em nossa espiritualidade. Essa é uma oportunidade de crescermos na fé em nosso Senhor e abençoar nossa Igreja. Seja um abençoador da igreja que o Senhor escolheu para te abençoar!!!

 

Em Cristo

 

Rev. Luiz Gustavo Castilho

quinta-feira, 19 de maio de 2022

O CRISTIANISMO E SEUS CAVALOS DE TRÓIA

O Cavalo de Tróia é um estratagema mítico da Odisseia de Homero, onde os gregos presenteiam os troianos com um enorme cavalo de madeira que declarava a vitória daquele povo na lendária batalha. Mas esse cavalo estava cheio de inimigos mortais que não destruíram Tróia, mas abriram os portões de dentro para fora a fim de que que todo o exército grego entrasse pelas seguras muralhas. Então, eles "roubaram, mataram e destruíram".O mundo não cansa de mandar "cavalos de Tróia" para a Igreja e a Igreja não cansa de aceitar. Não estou me referindo aqui às músicas, conteúdos de internet, ideologias e toda uma cultura já conquistada pelo pecado que, infelizmente, tem sido muito bem aceita por muitos "cristãos".Refiro-me às meias verdades, "verdades fora de contexto", e "verdades culturais" que não possuem NENHUM embasamento bíblico, ou seja, as mentiras e heresias plantadas no meio da Igreja. Esses enganos vêm para a igreja em forma de piedade, amor ao próximo, uma graça barata que transforma o pecado em perdão sem nenhum processo de confronto e arrependimento, apregoando uma justiça humana absolutamente diferente da Justiça Bíblica.As redes sociais estão cheias de pastores, de novos cristãos e de crentes "diferentões" reinventando a roda da fé cristã, emocionando com mensagens sentimentais que nos encorajam a um caminho pavimentado pela lógica e pela expectativa humana e não pelo sangue sacrificial de Cristo.Os Cavalos de Tróia inflam o teu ego, te fazem sentir merecedor e digno do maravilhoso amor de Cristo, mas, na verdade, te enfraquecem e derrubam. O verdadeiro Evangelho te corta, confronta e constrange ao mostrar como você é pequeno e fraco. Mas é esse Evangelho que te renova e mantém de pé. Pensando desse jeito, não é difícil reconhecer os cavalos de Tróia. Feche os portões do seu coração para esses presentes de grego!Deus te abençoe.Rev. LG

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

 

O LUGAR DA PALAVRA DE DEUS EM SUA VIDA

 

 

                A nossa relação com a Bíblia depende do lugar em que a colocamos em nossas vidas! O lugar em que a colocamos, define como a enxergamos! Como a enxergamos, define o quanto seremos influenciados por ela e que tipo de cristãos seremos.

            Antes de entendermos o que a Bíblia é para nós e qual o seu lugar em nossas vidas, devemos entender o que ela não é e o lugar onde ela não deve estar.  A Bíblia não é apenas o livro da nossa religião, ou um livro de histórias que são contadas para os cristãos. A Bíblia não deve estar em segundo ou terceiro plano em nossas vidas, esquecida em uma gaveta ou empoeirando em uma estante. Ela não é parte do culto, ou uma espécie de ticket para você participar dos eventos da igreja.

            A Bíblia é tudo o que o seu Criador quis dizer para você! Tudo que ele acha importante para você ter uma vida melhor e verdadeiramente feliz, a única CHAVE para abrir a porta para nossa Salvação! A Bíblia é a PALAVRA DE DEUS, que Ele mesmo preservou por milhares de anos para chegar inteira até você. Foi essa Palavra, que você tem em sua mão, que Jesus pregou, foi por ela que homens como Pedro, Paulo, João, Estevão e tantos outros viveram e morreram. Foi essa Palavra que guiou Abraão pela Terra Prometida, Moisés pelo deserto e Josué de volta à Terra Prometida. Foi essa Palavra que transformou um menino pobre como Davi em Rei, um preso como José em Governador do Egito e um escravo como Daniel em Governador na Babilônia. Essa Palavra profetizou tudo que estamos vivendo, ela nunca errou, e tem transformado milhões de vidas em todos os lugares do mundo.

            O que então a Palavra de Deus para você? Você teria coragem de deixar um tesouro desse empoeirando na sua estante? Você acha bobeira ler o livro que mudou o mundo? Você acha inteligente desprezar o livro que forjou os maiores heróis e líderes da humanidade? Então bora mergulhar de cabeça nesse oceano de beleza e sabedoria, que também vai mudar a história das nossas vidas!!!!

 

Rev. LG

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020



ORANDO A UM dEUS IRREAL

               Pode parecer impossível a um cristão evangélico, a ideia de orar a um deus irreal. Mas não é. Pelo contrário, é muito mais fácil do que se pensa. Como cristãos reformados não cremos no livre arbítrio na salvação e nem na oração. Você pode orar como você quiser, pedir o que você quiser, mas a eficácia da sua oração não está em você. Somos capazes de orar com paixão, aflição e em copiosas lágrimas, e ainda assim estabelecermos uma relação somente entre a nossa fala e a nossa vontade. Por sua onisciência, certamente Deus toma conhecimento da sua oração, mas não tomará parte nela, de maneira que ela continuará sendo um monólogo e nunca um diálogo.
            Nossa oração precisa estabelecer um vínculo com a realidade. Deus é manifesto pela Palavra, Cristo é a personificação da Palavra, o Espirito testifica em nós a Palavra. A Palavra de Deus estabelece a realidade, sem essa realidade nos dirigiremos a um deus irreal. O profeta Jeremias no cap. 32 faz uma oração ao Senhor, havia angústia humanamente legítima em seu coração, ele tinha questionamentos profundos em seu coração, que precisavam ser apresentados para o Deus que o chamou. Então, em sua oração, Jeremias vai do verso 17 ao 24 descrevendo os atributos e os feitos de Deus na História, e usa apenas o 25 para apresentar sua questão. O que isso significa? Jeremias não explica pra Deus o que Ele fez, mas reafirma pra si mesmo o caráter de seu Senhor. Nossas orações não mudam a vontade de Deus, mas nos alinham com ela.
            Quando nossas orações não fluem para a realidade bíblica, elas fluem para a irrealidade, e nunca encontraram o Deus real. Que nossas vontades e necessidades nunca ocupem o lugar da comunhão com o Pai, nem em nossas orações nem em nossas vidas.  Busque ao DEUS REAL em suas orações!!!

Rev. LG


sexta-feira, 27 de dezembro de 2019


A FRONTEIRA ENTRE O FIM E O COMEÇO

Um minuto separa o fim de um ano e o começo de outro.  O ano é um bem absolutamente mensurável, dividido em uma cronologia meticulosa. Sabemos exatamente quando ele começa e quando termina. Em poucos dias chegaremos à esperada fronteira, um minuto separará esse ano daquele que virá. O que acontecerá quando avançarmos a linha final desse ano? O que mudará? Que mudanças estarão a nossa espera no minuto seguinte da fronteira, lá em 2020? Possivelmente poucas coisas! A rotina permanecerá, as contas continuaram chegando e o novo ciclo trará consigo um baú de velhas novidades.
Essa fronteira, na verdade, não nos governa e nem determina muitas coisas em nossas vidas. Se quisermos, nessa fronteira podemos nos vestir com um traje de esperança, ou com uma capa de tristeza e solidão. Podemos desfilar com as fantasias entorpecidas pelo prazer, pela vaidade e pela luxúria, ou quem sabe com um véu sombrio de um luto. Cada um sabe como chegará às portas desse novo ano.
Mas essa fronteira deveria nos ensinar sobre uma outra, diferente e absolutamente determinante em nossa história. A fronteira da vida não é um bem mensurável, ela é imprevisível. Raramente saberemos quando estaremos vivendo o último minuto. Mas não precisamos estar despreparados para cruzar a linha final, pelo contrário devemos estar sempre prontos. Perdoar e pedir perdão, dizer EU TE AMO pra quem você ama, abraçar e compartilhar afetos, semear na vida de quem cruzar a sua estrada, consolar, sorrir junto, chorar junto. Se preparar para esse momento não é fácil, mas o apóstolo Paulo nos ajuda com um precioso conselho “mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (Fp.3.13-14). Irmãos o alvo está posto nesse lado da fronteira, mas o prêmio, está lá do outro lado.  PROSSIGA NESSE CAMINHO!!! Que a fronteira de 2020 te inspire para se preparar para a fronteira da vida.   UM FELIZ E ABENÇOADO ANO NOVO!!!

                                                                                                  Rev. Luiz Gustavo

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019


Um presente de Natal
Um presente para a vida

Presentes de Natal sempre marcaram a minha infância, na verdade, mais pela emoção de receber do que pelo presente em si. Vejo essa história se repetindo na vida dos meus filhos. Eu sei que natal não é tempo de presentes, o motivo é outro, a essência e o foco são outros, que muitas vezes perdemos o verdadeiro sentido do natal mas... A verdade é que receber presentes é muito bom, dar presentes pra quem nós amamos é melhor ainda! A grande questão dos presentes, na minha opinião, é que ao invés de demonstrarem um sentimento eles simplesmente o substituem. Mais fácil dar um presente do que dar um abraço apertado e verbalizar o nosso sentir.
Longe, mas muito longe de toda essa cultura de dar presentes no Natal, existe uma dimensão onde o presente pode ser concebido. Isto veio ao meu coração quando eu estava andando de bicicleta em uma pequena e afastada estrada de chão. O sol estava bem quente, e de longe eu vi um senhor que aparentava ter uns 80 anos, e um jovem ao seu lado, sentado no chão descansando à sombra. A medida que eu me aproximava vi que o senhor (de pé) acariciava a cabeça do jovem e lhe dava de beber na boca com uma garrafa de água, a princípio estranhei pois poderia ser o contrário. Quando me aproximei vi que o jovem era portador de uma deficiência mental, embora já com traços de homem feito era cuidado e amparado pelo senhor bem idoso.  Eu falei um bom dia e disse ainda: - “Pegando uma sombrinha heim?” O senhor idoso me respondeu com um sorriso dizendo: “meu filho tá descansando um pouquinho, viemos dar uma volta mas está muito quente!” continuei a pedalar sem considerar profundamente o que tinha acabado de ver e ouvir.
  Passados alguns quilômetros minha mente e meu coração se sintonizaram e perdi completamente as forças e tive que parar. Aquele pai idoso possivelmente cuidou daquele filho desde a infância e mesmo ele já adulto com barba o pai continuava ali, o fazendo descansar à sombra, acariciando sua cabeça e lhe dando de beber na boca. Imediatamente eu pensei: Esse pai é um presente na vida desse filho! Mas pensando além, será que esse pai seria naturalmente um homem tão misericordioso se o seu filho fosse normal e não dependesse de seus cuidados? Então pensei, contrariando qualquer lógica e expectativa humana, esse filho é um presente na vida de seu pai.
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho... Jesus foi um presente para sua vida! Viva de maneira que você seja um presente na vida de alguém. Desejo que a sua existência abençoe e marque a existência de muitas pessoas. Não sei nada sobre aquele pai e aquele filho, mas eles foram um presente de Deus para a minha vida, Um presente de natal, um presente para a vida!                  

                                                                  FELIZ NATAL!!!!

                                                                                                          Rev. Luiz Gustavo

quinta-feira, 3 de outubro de 2019



VERDADES TÓXICAS

            A Bíblia não é um livro baseado em verdades circunstancias, mas em uma VERDADE CENTRAL. De Gênesis a Apocalipse, a despeito das muitas histórias registradas no decorrer dos séculos, um tema sobressai absoluto, a Redenção.  A história da redenção é basicamente o processo em que Deus empreende seu amor no homem pecador, para redimi-lo, a fim de que esse o glorifique. Simples assim! Por isso nosso chamado como propagadores do Evangelho deve estar perfeitamente alinhado com o tema central das Escrituras.
            Infelizmente, vemos a evangelização contemporânea intoxicada com verdades circunstanciais. Evidente que me refiro às igrejas ortodoxas que ainda creem no Evangelho apostólico, e não as tantas que professam um evangelho anátema e secular. Igrejas e cristãos confessionais andam se distanciando de seu ALVO, tanto nos púlpitos, como em redes sociais, revistas e periódicos e em conversas pessoais. Tenho percebido uma preocupação exacerbada em nossos discursos, em priorizar ideologias políticas, críticas aos exageros do cristianismo sincrético e pagão brasileiro (acabei de fazer isso agora), questões sociais, empreendedorismo religiosos, causas ecológicas e outros. Eu creio que esses itens são verdades, e que tem o seu devido lugar no ensino cristão, mas está faltando Jesus crucificado, arrependimento, perdão de pecados e salvação. As verdades circunstanciais do Cristianismo não podem sufocar nem intoxicar a verdade Central, caso contrário nossa fé será uma ação social piedosa. Trabalhe pelo Evangelho, mas trabalhe certo. Conheça a natureza do Evangelho e entenderá sua ação e a tua função. Charles Spurgeon define muito bem essa relação: “O Evangelho é como um leão enjaulado, não precisamos defendê-lo, só precisamos deixar que saia da jaula.” Faça do seu ministério cristão um “abridor de Jaula”, o mundo não vai mudar com sua opinião sobre o Cristianismo, mas com a pregação fiel do Evangelho.  EM CRISTO, O SENHOR!!!
                                                                                                                                                                                                                                                                Rev. LG

sexta-feira, 20 de setembro de 2019


IPCNF 121 ANOS
Um novo ciclo para uma nova geração

Nossa amada igreja está completando 121 anos. Pensando nessa composição numérica (120 + 1), por algumas razões minha mente se encheu de esperança, e essa, por sua vez  precede a alegria e a perseverança . O Número 12 é certamente o número mais simbólico da Bíblia. Ele tem um significado de Completude e de permanência eterna. Vemos esse número em toda a extensão da Revelação. Ele comunica ao povo que o seu Deus constrói coisas perfeitas, por exemplo: A nação de Israel era composta de doze tribos. Foram enviados doze homens para espiar a terra (Nm. 13). Josué pôs doze pedras no rio Jordão (Js 4:9). Elias usou doze pedras para construir um altar (I Rs 18:31,32). Ele escolheu doze apóstolos e lhes prometeu o direito de se assentarem em doze tronos, para julgarem as doze tribos de Israel (Mt. 19:28).
Mas esse número também significa um tempo que Deus começa um novo ciclo na vida dos seus servos, por exemplo:  O Senhor Jesus foi a Jerusalém aos doze anos de idade (Lc. 2:42). Ele curou a mulher que tinha um fluxo de sangue havia doze anos (Lc. 8:43,44). Ele levantou da morte a filha de Jairo, que tinha doze anos de idade (Lc. 8:42,54,55). Depois de cinco mil pessoas terem se alimentado, as sobras dos cinco pães e dois peixes encheram doze cestos (Mt. 14:20).
Quando percebo que 120 anos foi um período abençoado de muitas lutas mas muitas vitórias e que foi um tempo perfeito em que Deus fez coisas maravilhosas, então entendo que esse número 1 (dos 121) é um novo ciclo em que o Senhor continuará a operar as suas maravilhas.
Quero crer que esse é um tempo de Deus levantar uma nova geração (já está levantando) para honra e glória de seu nome. Tive o privilégio de ver uma linda geração passando o bastão para uma nova, e esta por sua vez, se esforçando para honrar suas antecessoras.
Que esse primeiro ano de um novo ciclo, se inicie com coragem, esperança e perseverança, para sermos também um geração abençoada. As lutas virão, como vieram antes, mas a igreja do Senhor permanecerá. Parabéns amada igreja por seus 121 anos.
Com amor por todos
                                 Rev. Luiz Gustavo Castilho


quinta-feira, 18 de julho de 2019


ENVELHEÇA COM OS APLICATIVOS DO CÉU
Ec 12.1-3

            A criatividade dessa geração parece não ter fim. De repente meus amigos começaram aparecer velhinhos nas redes sociais, até pensei que uma bomba radioativa tinha desencadeado o apocalipse do envelhecimento precoce. Nada disso, um aplicativo chamado faceapp se tornou a mais nova atração, ele pode deixar você mais velho, mais novo e tem até a opção de deixar você bonito. A possibilidade de ter uma ideia de como você será em sua velhice é sensacional e muito divertida! Quem não gostaria de se ver daqui a trinta ou quarenta anos? Qual efeito o tempo fará em nossas aparências? A moda pegou e os futuros velhinhos tomaram conta do pedaço.
            Mas ver tanta gente nova com a cara velha, me fez pensar em uma coisa: A vida é um aplicativo que também nos envelhece, mas com ferramentas que não mudam apenas a nossa aparência, mas a nossa história, o nosso vigor, nossas realidades e nossas expectativas. Contudo, diferente do faceapp, a vida é um aplicativo que não pode desfazer as alterações. Ai eu me lembrei de Eclesiastes capítulo 12.1: “lembra-te do teu criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, antes que venham os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer...” Esse aplicativo chamado VIDA, nos envelhecerá, e não será tão divertido envelhecer, perderemos muitas coisas, tantas que é difícil elencar. Nos versos 2 ao 7 o autor de Eclesiastes compara o envelhecimento com a deterioração de uma casa. Ainda que hoje tenhamos muita qualidade de vida na terceira idade, a metáfora do texto continua apropriada. Quando o sábio nos diz para conhecer e consequentemente nos lembrar do Criador nos dias da nossa mocidade, na verdade ele nos ensina a experimentar o melhor tesouro da vida enquanto somos fortes, porque se a nossa força física for nosso maior tesouro, na velhice não teremos nada. Se Deus é nosso maior tesouro hoje, quando envelhecermos, ainda que tenhamos perdido tudo, o nosso bem mais precioso, nossa maior alegria e esperança estarão intactas. Deus é o tesouro que não envelhece, e Ele promete nos renovar por completo na volta de Seu Filho Amado, e os maus dias serão apenas um momento antes de um eternidade imune a velhice.
            Por isso minha gente, vamos envelhecer com os aplicativos do céu, a Palavra, a oração os louvores e a comunhão com o Espírito e com todos os santos. Que o Senhor abençoe a todos nós, os novos que ficarão velhos, e os velhos que em Cristo ficarão novos.

                                                                                                               Rev. Luiz Gustavo

sexta-feira, 12 de julho de 2019




    

O Cleptomaníaco e o Perverso
Uma metáfora do pecado na vida humana


Furtar é um crime, previsto na Lei na forma do artigo 155 – (Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia). Sim, a Palavra de Deus também possui uma determinação contrária a essa prática em Ex 20.15 : Não furtarás”. Quem furta é ladrão!  Quem rouba é ladrão!
Contudo, será que podemos considerar que todos os ladrões são da mesma natureza? A psiquiatria apresenta uma psicopatologia chamada CLEPTOMANIA (Um transtorno de controle de impulsos que resulta em um impulso irresistível de roubar).  Esse é um caso bem conhecido, e uma das características do portador desse transtorno é que ele rouba coisas, independente do valor, e sente profunda vergonha pelo ato, muitas vezes até devolvendo o objeto roubado, uma vez que não desejava obter nenhum lucro com ele.  Entretanto, o tipo mais comum de ladrão, rouba pela desqualificação de seu caráter. Deseja roubar coisas que tem valor para aferir lucro fácil, sente alegria e contentamento com seu ato, e a única tristeza que seus atos podem lhe conferir é ser descoberto e interrompido por penas prevista na Lei. Esse podemos chamar de PERVERSO.
Podemos ver nesses dois exemplos uma excelente metáfora que nos ajuda a compreender os efeitos do pecado no homem. A Teologia Reformada  nos ensina que o Pecado Original, afeta toda a humanidade, Paulo diz: “todos pecaram e destituídos estão da Gloria de Deus” (Rm 3.23), mas a graça de Jesus muda o homem pecador, e no versículo seguinte o apóstolo afirma: “Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.” Essa Justificação impede o homem de pecar? NÃO! Mas ela muda substancialmente nossa relação com o pecado. Davi no Salmo 32.4 diz que sentia a mão do Senhor pesar sobre ele, o perverso não sente isso, ele é guiado por sua própria mão. Paulo em Romanos 7.20 diz que o pecado o faz fazer o que ele não quer fazer, o perverso faz o que ele quer.  No versículo 22 Paulo diz que em seu interior há prazer na Lei do Senhor, o perverso tem no seu íntimo desejo pelo pecado, ainda que em seu exterior haja uma declaração religiosa, como forma de piedade, mas vazia.  De volta ao Salmo 32 Davi diz que confessa seu pecado, chora e se arrepende diante de Deus, o perverso até lamenta o constrangimento, mas sua tristeza foi por ser descoberto e não poder mais continuar tranquilamente em sua prática do pecado.
Como CLEPTOMANÍACOS sabemos que precisamos de tratamento, e buscamos a Graça e a Palavra que controlam nossos impulsos e nos ajudam a lidar com o pecado que tenazmente nos assedia, fazemos isso olhando firmemente para Jesus (Hb 12.1,2). Corramos para o prêmio da soberana vocação, mas enquanto não alcançamos a cura definitiva para nosso transtorno, que possamos nos submeter ao tratamento gracioso outorgado pelo Espírito Santo através da Palavra de Deus. Que o Senhor nos livre da PERVERSIDADE e do homem perverso que insiste em morar dentro de nós, nos dando um coração como o de Davi no Salmo 32.
Deus te abençoe e tenha uma boa semana!!!
                                                                                 
                                                                                                                                    Rev. LG

domingo, 30 de junho de 2019


O CONSOLO QUE EU NÃO QUERO

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco” (Jo 14.16)

João relata as palavras de Jesus sobre a vinda do Espírito Santo, e um de seus atributos na vida do homem é consolar! O consolo é um anseio universal, todos que sofrem, que perdem, que se ferem ou se encontram perdidos e desanimados, desejam um consolo. Entretanto, é muito comum pessoas não se sentirem consoladas pelo Espírito Santo no meio de seus dramas pessoais. Quando uma pessoa diz que a vida na eternidade, que as promessas de galardão no céu e todas as sortes de bênçãos espirituais, normalmente relacionadas com a ação do Espírito Santo, não consolam sua vida em meio a dor, achamos estranho e julgamos como falta de fé. Por essa razão muitas pessoas se decepcionam com Deus, não entendem Deus e se afastam dele. Por outro lado muitos cristãos consentem com esse afastamento por não entenderem a legitimidade da dor do outro.
Na verdade, o que acontece aqui é uma má compreensão da natureza da ação consoladora do Espírito Santo.  Na dor e na perda, em nossa concepção humana, a única coisa que nos “consolaria” seria a RESTITUIÇÃO. Mas para o Espírito Santo consolar não é restituir. A ideia do consolador na Bíblia não tem a ver com um reparador de danos ou “bode expiatório”, que leva a dor para outro lugar, longe da sua vida. Jesus nos ensinou que ele enviaria seu Espírito para nos ajudar a SUPORTAR as nossas dores (que serão integralmente sentidas), para ENFRENTAR nossos medos e temores (que normalmente aparecerão), e para RESISTIR às tentações (que certamente nos assolarão). O Espírito Santo nos dá o que precisamos, não o que queremos! Jesus disse que no mundo teríamos todas as aflições (normal do mundo), mas o ter o bom ânimo para enfrenta-las, isso o mundo não pode nos conceder. O consolo espiritual não é para te dar prazer ou te fazer feliz, mas para te fortalecer e não deixar você perdido nesse mundo.
Redefina que consolo você quer na sua vida, entenda o que você não deve esperar do Espírito Santo, ajuste o seu coração em uma fé bíblica, e enfrente corajosamente esse mundo. O Senhor estará sempre convosco!!!

       Rev. LG

sexta-feira, 19 de abril de 2019

FELIZ PÁSCOA NA GALILEIA
Mt 28.1-10




   Todos os Evangelhos narram a ressurreição de Jesus. A narrativa de João é a mais completa, a mais detalhada, escrita por último e tendo por testemunha o único apóstolo presente na crucificação e aquele que acompanhou Pedro até ao sepulcro vazio. Entretanto, os Evangelhos de João e de Lucas não se preocupam em registrar uma particularidade registrada em Mateus e Marcos. Em Mateus 28 no verso 7 o anjo diz para os discípulos irem para Galileia para poderem ver Jesus. E no verso 10, o próprio Jesus reafirma o que o anjo disse para Maria Madalena: “Ide avisar a meus irmãos que se dirijam para a Galileia e lá me verão.” Então aqui eu me faço algumas perguntas: Por que Jesus manda os discípulos voltarem para a Galileia para poderem vê-lo? Por que ele não se revela em Jerusalém, onde ele foi sepultado e onde os discípulos estavam? Qual a aplicação desse registro para nossas vidas? Faço aqui rápidos apontamentos:

   Em primeiro lugar, Jerusalém representa aqui um lugar de perda, de derrota, de prisão e de luto. Jerusalém foi o lugar das traições de Pedro e Judas, o lugar da falta de perseverança em oração no Getsêmani e do abandono dos discípulos em relação ao Mestre. Jerusalém era um lugar de dor! A RESSURREIÇÃO DE JESUS PRECISA NOS TIRAR DO NOSSO LUGAR DE DOR.

   Em segundo lugar, a Galileia foi onde Jesus fez o seu primeiro milagre, o sermão da montanha, multiplicou pães e peixes, andou sobre as aguas, acalmou a tempestade do tempo e a do coração de seus discípulos. A Galileia foi onde Jesus fez a maioria dos seus milagres, e pôs a verdadeira esperança no coração de seus discípulos. A RESSURREIÇÃO DE JESUS PRECISA NOS LEVAR PARA UM LUGAR DE ESPERANÇA!

   Por fim, A Galileia foi o lugar onde Jesus chamou todos os seus discípulos. Onde eles viviam suas vidas alheias à verdade, escravos do mundo e das limitações naturais da vida. Foi na Galileia que eles conheceram a Palavra da vida eterna, o caminho da salvação e uma promessa de vida abundante. Foi na Galileia que eles descobriram que a vida podia ser completamente diferente. A galileia era o lugar para eles recomeçarem. A RESSURREIÇÃO DE JESUS PRECISA NOS LEVAR DE VOLTA AO PRIMEIRO AMOR.

   Que nessa Páscoa, a Ressurreição nos tire do lugar de DOR, nos leve a um lugar de ESPERANÇA e um lugar de RECOMEÇO! Encontre a sua Galileia!!! 
FELIZ PÁSCOA!!!
Rev. LG